Turquia "nunca entraria na União Europeia" se reintroduzir pena de morte

Access to the comments Comentários
De  Isabel Marques da Silva
Turquia "nunca entraria na União Europeia" se reintroduzir pena de morte

A luta como o Daesh e a estratégia para estabilizar toda a região do Médio Oriente deveria dominar a primeira reunião do chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América com todos os homólogos da União Europeia (UE), esta segunda-feira, em Bruxelas.

Isto que aconteceu não deve ser desculpa para que o país se afaste do respeito pelos direitos fundamentais e do Estado de direito e vamos ser extremamente vigilantes

Mas face ao golpe de Estado falhado na Turquia, John Kerry disse: “Obviamente, a NATO também faz exigências no que diz respeito à democracia. E a NATO irá ,efetivamente, avaliar com muito cuidado o que está a acontecer”.

A ameaça do Presidente turco de que poderá reintroduzir a pena de morte levou a Alta Representante europeia a avisar que Recep Tayyip Erdogan deitaria por terra uma década de negociações para se juntar à UE.

Federica Mogherini afirmou que “nenhum país pode tornar-se Estado-membro da União se introduzir a pena de morte, como é claro no nosso acervo jurídico. (…) Isto que aconteceu não deve ser desculpa para que o país se afaste do respeito pelos direitos fundamentais e do Estado de direito e vamos ser extremamente vigilantes”.

A correspondente da euronews em Bruxelas, Isabel Marques da Silva, refere o outro tópico importante da agenda: “Além das questões quentes da atualidade, a presença de John Kerry em Bruxelas serve também para falar da fase final da administração Obama, nomeadamente da cimeira sobre refugiados que o Presidente norte-americano organiza a 20 de setembro, um dia depois da reunião especial sobre o mesmo tema nas Nações Unidas”.