Aos 100 dias de exílio, Puigdemont está a caminho de Waterloo

Aos 100 dias de exílio, Puigdemont está a caminho de Waterloo
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De  Isabel Silva
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O ex-líder do governo catalão usa frequentemente o hotel Husa President Park, em Bruxelas, que pertence a uma família catalã, incluindo para reuniões políticas. Recentemente, Carles Puigdemont alugou um casa em Waterloo, no sul da Bélgica, com uma renda de 4400 euros mensais.

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Carles Puigdemont chegou a Bruxelas em busca de exílio há cem dias, multiplicando o seu tempo entre eventos políticos e um jogo de escondidas com os jornalistas.

O ex-líder do governo catalão usa frequentemente o hotel Husa President Park, que pertence a uma família catalã, incluindo para reuniões políticas.

Recentemente, alugou uma casa de 550 metros quadrados em Waterloo, no sul da Bélgica, com uma renda de 4400 euros mensais.

Quem paga por tudo isso e será que sobra dinheiro para o advogado? perguntou a euronews ao seu advogado belga. Paul Bekaer.

"Isso é um segredo profissional, é claro, mas tenho sido pago, isso não é um problema", respondeu.

O empresário catalão Josep Maria Matamala é um dos maiores apoiantes de Puigdemont, que quer voltar ao cargo face aos resultado do seu partido, nas eleições de dezembro, embora corra risco de ser imediatamente preso.

"Ele foi bem recebido na Flandres, especialmente pelo movimento nacionalista, como é evidente. É também evidente que esse foi um apoio moral muito importante para ele", acrescentou Paul Bekaer.

O N-VA, partido nacionalista flamengo que está na coligação do governo federal belga, tem defendido, publicamente, a causa de Puidgmont.

Um jovem youtuber, Bart Meese, quis saber se o político fala só francês, ou também holandês, língua da Flandres.

Puidgmont respondeu: "Conheço apenas algumas palavras como obrigado e por favor".

Outros políticos secessionistas pedem a Puidgmont para retirar a sua candidatura ao cargo de presidente do governo catalão e, em vez disso, aceitar uma posição de liderança simbólica.

Segundo a proposta, que é apoiada pelo partido Esquerda Republicana da Catalunha, também pró-independência, o líder catalão destituído teria um mandato simbólico sem poderes legais.

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