UE quer expandir para os Balcãs Ocidentais

Num relatório publicado na terça-feira a Comissão Europeia deu luz verde à Albânia e à Antiga República Jugoslava da Macedónia para iniciarem conversações com vista à adesão. No entanto, o início formal das conversações necessita da aprovação dos estados-membros.
"A questão da adesão da Turquia é simples, o processo está morto e não irá a lado nenhum"
Antigo embaixador da UE em Ancara
Muitos funcionários, contudo, afirmam-se otimistas quanto à obtenção de aprovação dos estados-membros até à cimeira de junho.
A chefe da diplomacia europeia deslocou-se à Albânia para dar as boas notícias.
"Este é um dos países europeus que mais confiança tem na União Europeia... É igualmente no interesse da União Europeia ter a Albânia na União, assim que estivermos preparados, em breve, espero", disse Federica Mogherini, em Tirana.
A situação de outro potencial membro, a Turquia, foi avaliada negativamente à luz do estado de emergência que dura no país há quase dois anos e que levou à erosão dos direitos civis e políticos.
O antigo embaixador da União Europeia em Ancara, Marc Pierini avalia a situação.
"A questão da adesão é simples, o processo está morto e não irá a lado nenhum. O regresso às normas do estado de direito europeu coloca em perigo a estrutura do poder do presidente turco atual.
A Turquia já não se encontra em rota de convergência com a Europa, a questão é saber se o país se encontra numa trajectória hostil à Europa. Os ataques na Síria, a situação no país e os ataques aprovados pelo presidente turco provam que não é no interesse da Turquia opor-se à União Europeia", afirma o antigo diplomata.
Se o início de conversações entre a Albânia e a União Europeia pode ser encarada com otimismo, o mesmo não se pode dizer da Macedónia envolvida num braço-de-ferro com a Grécia relativamente ao nome do país que +e também o nome de uma província grega.
Na terça-feira, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou no parlamento europeu em Estrasburgo que a UE deveria melhorar a governação interna antes de aceitar novos membros.
No entanto, outros estados-membros como a Polónia, Itália e Áustria pretendem acelerar os esforços de expansão a fim de contrariar a crescente influência russa e chinesa na região.
De momento, a Sérvia e o Montenegro são os países que mais progressos fizeram no sentido de aderirem à União.