Responsáveis políticos europeus continuam a apresentar acordo alcançado ontem e em Bruxelas decorrem comissões técnicas para implementar os próximos passos até ao Brexit.
Enquanto o Reino Unido vive um caos político, em Bruxelas a vida corre normalmente.
Numa conferência de imprensa programada, no Parlamento europeu, o negociador chefe da União Europeia, Michel Barnier, falou sobre o acordo alcançado.
"Chegámos a um ponto importante, destas longas e extraordinárias negociações, foi e é um ponto importante porque permite construir a base da confiança de que vamos precisar para definir a relação futura"
A União Europeia diz que este acordo de quase 600 páginas, é o melhor possível, tal como Theresa May defendeu perante os deputados britânicos na Câmara dos Comuns, em Londres.
O coordenador do Parlamento Europeu para o Brexit, Guy Verhofstadt, saudou o resultado das negociações.
"O que este acordo faz é combinar a vontade e decisão do povo britânico de sair da União Europeia, com um cenário que evita um desastre para as economias, para a economia europeia, mas sobretudo para a economia do Reino Unido, por isso é uma conquista muito importante."
Já quanto às demissões em catadupa no governo britânico, por agora nem uma palavra por parte da Comissão Europeia. O porta-voz da Comissão, Margaritis Schinas, disse apenas: "não vamos comentar nenhuns desenvolvimentos políticos internos no Reino Unido. O nosso parceiro negocial é a primeira-ministra Theresa May e o seu governo e vamos continuar a trabalhar de boa-fé com eles".
Numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente da África do Sul, o Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk também foi evasivo nas respostas.
"Tudo o que posso dizer é que estamos preparados para um acordo final com o Reino Unido em novembro e que também estamos preparados para um cenário de não acordo, mas é claro que estamos melhor preparados para um cenário em que não haja Brexit."
O acordo vai ou não avançar? A bola está agora do lado de Londres.