A União Europeia quer liderar a regulação mundial neste setor
Raras são as vezes em que se veem políticos a falar com robos, mas a presidente da Comissão Europeia quebrou o tabu.
Esta terça-feira, Ursula von der Leyen visitou o centro de inteligência artificial de uma universidade flamenga em Bruxelas, onde cerca de duas centenas de pessoas trabalham em projetos parcialmente financiados pela União Europeia.
A visita acontece na contagem decrescente para a apresentação a estratégia europeia em matéria de inteligência artificial.
"Pude perceber de que forma é que a inteligência artificial está ao serviço das pessoas e ver as aplicações práticas que ajudam as pessoas no dia-a-dia. Foi fascinante. Regra geral a tecnologia é neutra. Nós é que decidimos o que fazer com ela", sublinhou a presidente da Comissão Europeia.
Da saúde aos transportes, a inteligência artificial é crítica para a inovação, mas também representa riscos em matéria de privacidade e de meios de subsistência.
A União Europeia quer liderar a regulação mundial neste setor de forma a assegurar que a ética, a transparência, a segurança e a responsabilização são respeitadas.
As novas regras terão consequências para as gigantes tecnológicas. Não é por isso de admirar que o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, tenha sido avistado em Bruxelas, onde esteve reunido com líderes europeus.
Tal como aconteceu com as regras de privacidade europeias, a nova política em matéria de inteligência artificial poderá servir de inspiração a outros legisladores no mundo.