Líderes da UE analisarão crises na frente diplomática

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De  Isabel Marques da SilvaDarren McCaffrey
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A contenda que opõe Grécia e Chipre, dois Estados-membros, à Turquia, aliado na NATO, por causa a exploração de reservas de gás no mar coloca sérios desafios à União, que tem com a Turquia um importante acordo sobre gestão da migração.

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A tensão na zona oriental do mar Mediterrâneo, a crise política na Bielorrússia e a estratégia para lidar com a China depois da recente cimeira com o presidente Xi Jinpeng, estão no topo da agenda da cimeira extraordinária da União Europeia, que começa quinta-feira, em Bruxelas.

A contenda que opõe Grécia e Chipre, dois Estados-membros, à Turquia, aliado na NATO, por causa a exploração de reservas de gás no mar coloca sérios desafios à União, que tem com a Turquia um importante acordo sobre gestão da migração.

O Parlamento Europeu tem pressionado os governos da União a aprovarem sancoes contra a Turquia.

“Estamos com uma política de apaziguamento, mas a política de apaziguamento leva a uma política expansionista ainda maior por parte da Turquia. Temos ferramentas à disposição e um das mais eficazes é a das sanções económicas, especialmente por via da união aduaneira.”, disse Costas Mavrides, eurodeputado cipriota de centro-esquerda.

Longa espera por sanções para Lukashenko

Os líderes vão também debater eventuais sanções contra o regime da Bielorrússia, num impasse que dura há muitas semanas, apesar da União Europeia não ter reconhecido a alegada vitória do presidente Aleksander Lukashenko e de ter condenado a repressão que se seguiu as eleições.

“Penso que chegamos ao fim da linha, estamos num momento decisivo para chegar a um acordo. Se os nossos líderes falharem será, se poderei assim descrever, um absoluto desastre. Como pode a União Europeia considerar-se um actor global se não consegue ajudar a mudar as coisas na sua vizinhança mais próxima? Penso que a nossa credibilidade estará seriamente em jogo", considerou Petras Auštrevičius eurodeputado liberal lituano.

Corrigir o desiquilíbrio com China

A assertividade da China, muito protecionista economicamente e muito ativa na propaganda politica, também exigira mão firme para fechar o acordo de investimento em negociação.

Os eurodeputados dizem que a União não pode descurar a defesa dos direitos humanos, que o regime de Pequim é acusado de violar em várias frentes.

“A política interna da China está tornar-se cada vez mais totalitária e sua política externa está a tornar-se cada vez mais agressiva. Obviamente que se tem de mudar a abordagem por parte das instituições europeias, que deveriam adotar uma atitude mais dura e dizer à China que estamos fartos desta retórica de que todos saem a ganhar”, afirmou Reinhard Bütikofer, eurodeputado alemão dos verdes.

Na frente diplomática, os chefes de Estado e de governo também vão analisar o aumento da tensão entre a Arménia e o Azerbaijão por causa do enclave de Nagorno-Karabakh e como reagir ao alegado envenamento do opositor russo Alexei Navalny.

Na agenda de sexta-feira estão os temas do mercado interno e dos desafios da digitalização.

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