Cimeira da UE tenta fechar dossiês do orçamento e Brexit

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Direitos de autor Kenzo Tribouillard/AP
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De  Isabel Marques da SilvaDarren McCaffrey
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Na agenda da cimeira estão outros temas que implicarão intensa discussão, nomeadamente a pandemia de Covid-19, possíveis sanções contra a Turquia e um novo consenso para uma meta mais ambiciosa na redução de emissões poluentes.

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A última cimeira da União Europeia em 2020 exigirá grande capacidade de resistência dos 27 chefes de Estado e de governo para obter consensos, quinta e sexta-feira, em Bruxelas.

Espera-se que saia "fumo branco" para aprovar o orçamento para os próximos sete anos, face aos desafios da recessão económica.

O acordo comercial pós-Brexit não está, oficialmente, na agenda, mas a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vai comunicar o resultado do jantar de trabalho, quarta-feira, com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

“É óbvio que chegámos a uma encruzilhada política, já que a negociação ao nível técnico foi o mais longe que podia. Sabemos que mais de 95% do texto legal estará, alegadamente, pronto, mas mantêm-se em aberto três temas conflituosos há vários meses: pescas, condições de concorrência leal e o mecanismo sobre diferendos de governação. Para resolver esses impasses é preciso intervenção política", explicou Jannike Wachowiak, analista política no Centro de Política Europeia, em Bruxelas, em entrevista à euronews.

Polónia e Hungria foram convencidas pela Alemanha

A Alemanha, que tem a presidência rotativa da União Europeia, parece ter conseguido fechar um acordo com os governos da Polónia e da Hungria para desbloquear o impasse que impedia a ratificação do orçamento da União Europeia. 

Os embaixadores de todos os Estados-membros foram convocados para discutir os detalhes desse acordo, esta quarta-feira, em Bruxelas. O Parlamento Europeu diz que não há tempo a perder.

“Setenta e dois por cento dos cidadãos húngaros apoiam um mecanismo que condicione os fundos da União Europeia ao respeito pelo Estado de direito. Isso não foi criado para favorecer os cidadãos neerlandeses, alemães ou franceses da União Europeia. O que queremo é garantir que, quando o financiamento ficar disponível, o dinheiro chegará aos cidadaos húngaros e polacos que que precisam desses fundos e que não irá para os bolsos dos seus lideres corruptos”, afirmou Kati Piri, eurodeputada neerlandesa de centro-esquerda.

Na agenda da cimeira estão outros temas que implicarão intensa discussão, nomeadamente possíveis sanções contra a Turquia e um novo consenso para uma meta mais ambiciosa na redução de emissões poluentes.

Naturalmente, um debate sobre a estratégia para lidar com a pandemia de Covid-19, nas vertentes sanitária e socio-económica, não poderia faltar.

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