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Mark Rutte considera 'injustas' as críticas de Zelenskyy a Scholz por recusar míssil Taurus

ARQUIVO: O Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, à esquerda, fala com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, na sede da NATO em Bruxelas, quinta-feira, 17 de outubro de 2024.
ARQUIVO: O Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, à esquerda, fala com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, na sede da NATO em Bruxelas, quinta-feira, 17 de outubro de 2024. Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Kieran Guilbert
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O Secretário-Geral da NATO diz que Volodymyr Zelenskyy não deve criticar o presidente alemão Olaf Scholz por causa do míssil Taurus.

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O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, disse que o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy deve parar com as críticas "injustas" ao chanceler alemão Olaf Scholz sobre a recusa de Berlim em fornecer mísseis de cruzeiro Taurus de longo alcance a Kiev.

A Alemanha tem sido um dos maiores aliados da Ucrânia desde a invasão total da Rússia em 2022 - só perde para os EUA em termos de apoio financeiro e militar dado a Kiev - mas a sua relutância em fornecer mísseis Taurus tem sido um ponto de discórdia para Zelenskyy.

"O presidente Rutte disse muitas vezes a Zelenskyy que devia parar de criticar Olaf Scholz, porque acho que é injusto", afirmou em entrevista à agência noticiosa alemã DPA.

Nos últimos meses, a França, o Reino Unido e os Estados Unidos da América enviaram a Kiev armas de longo alcance, capazes de atingir o território russo, mas Scholz recusou os pedidos de Zelenskyy para o míssil de cruzeiro Taurus, por recear "um grande risco de escalada" com a Rússia.

Rutte disse que, ao contrário de Scholz, iria fornecer os mísseis à Ucrânia e não iria impor quaisquer limites à sua utilização.

"De um modo geral, sabemos que estas capacidades são muito importantes para a Ucrânia", afirmou Rutte na entrevista, acrescentando que não lhe compete decidir exatamente o que os aliados devem fornecer.

Zelenskyy criticou publicamente Scholz, no mês passado, por ter tido uma conversa telefónica com o presidente russo Vladimir Putin, dizendo que tinha aberto uma "caixa de Pandora" e prejudicado os esforços para isolar Moscovo e terminar o conflito com uma "paz justa".

Os comentários de Rutte podem oferecer um breve alívio a Scholz, cuja coligação de três partidos se desmoronou no mês passado e perdeu um voto de confiança parlamentar.

O chanceler tem um dos índices de popularidade mais baixos de sempre de um dirigente alemão e o seu Partido Social-Democrata (SPD) está a ficar para trás nas sondagens para as eleições antecipadas de 23 de fevereiro.

Friedrich Merz, do partido União Democrata-Cristã (CDU), que é o claro favorito para substituir Scholz, disse este mês que forneceria o míssil Taurus a Kiev se fosse eleito.

Na entrevista à DPA, Rutte também disse que estava pronto para novas pressões do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, sobre os níveis de gastos com defesa dos aliados na Europa. "Ele vai querer que façamos mais", disse Rutte.

A NATO afirmou que os membros europeus estão no bom caminho este ano para gastar coletivamente 2% do seu PIB em defesa pela primeira vez, embora nem todas as nações tenham cumprido o objetivo, e Trump alegadamente quer aumentar esse valor para 5% quando tomar posse no próximo mês.

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