Nesta edição, vamos falar sobre os desafios dos meios de comunicação perante as novas plataformas digitais e as fake news e de que forma isto mexe com a nossa vida e a liberdade, que temos sempre como adquirida.
Os media tradicionais vivem a sua maior crise de sempre. A maioria das pessoas têm acesso a outras plataformas ou a outras formas de receber informação e entretenimento. E isso é feito sem a intermediação dos jornais, das televisões e rádios. A Google e a Meta ameaçam o modelo de negócio e vários grupos de comunicação na europa e nos estados unidos têm cada vez mais dificuldade em gerar receita através da publicidade no formato tradicional. Estarão plataformas como o tik tok, instagram, o X ou o youtube a matar os jornais e as TVs como as conhecemos? Ou, pelo contrário, até podem ser uma oportunidade para os media tradicionais? Está a tecnologia a matar os meios de comunicação ou são os media que não conseguem adaptar a mudança tecnológica vertiginosa?
E ainda vamos também medir o pulso à democracia: estão os regimes democráticos ocidentais ameaçados pelas fake news e a desinformação, na era das redes sociais? As redações, cada vez mais fragilizadas e com poucos meios, conseguem fazer double check ou dupla verificação? A liberdade de informação é alvo de ataques em vários países fora da Europa. E ditaduras e movimentos de extrema direita manipulam a comunicação pelas vias digitais. Deve haver novos filtros perante a avalanche de dados nas redes sociais? A liberdade de expressão é, afinal, inimiga dos meios de comunicação e informação tradicionais?
Antonio Costa, diretor e principal accionista do ECO, Luisa Meireles, diretora da agência noticiosa Lusa e Fatima Carioca, dean da AESE Business School debatem, esta semana estes temas.