Portugal enfrenta uma greve geral esta quinta-feira, a primeira em doze anos.
Durante a noite, os serviços de limpeza urbana e os trabalhadores do metro foram alguns dos primeiros a aderir à greve, reunindo-se em piquetes em Lisboa.
Às 05:30, a CGTP, Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses, divulgava o primeiro balanço da adesão à greve geral desta quinta-feira, falando em "adesão massiva".
A greve foi convocada pela CGTP e depois juntou-se a ela a UGT (União Geral dos Trabalhadores) - considerada mais de centro-direita e mais próxima do partido do governo.
"Estes trabalhadores aqui presentes são aqueles que fazem a diferença todos os dias nas nossas vidas, são a realidade do país e são aqueles que vivem com salários baixos, desregulamentação dos horários de trabalho, trabalho precário e que exercem hoje um direito que o governo também quer enfraquecer, o direito à greve. Estão hoje a fazer algo que é seu direito e que lhes permite equilibrar uma balança cada vez mais desequilibrada no mercado de trabalho, exercendo o direito à greve. Por isso, neste momento de início da greve geral, há uma mensagem que a CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses) quer transmitir a todos os trabalhadores: lutar», diz Tiago Oliveira, líder da CGTP.
A greve de 24 horas deverá afetar todos os serviços públicos e o setor privado. Algumas das áreas mais afetadas serão provavelmente os transportes públicos, aeroportos, escolas e hospitais.
A partir das 14h00 de quinta-feira, estão previstos condicionamentos de circulação nos seguintes locais de Lisboa: Praça D. Pedro IV · Rua do Carmo · Rua Garrett · Rua Serpa Pinto · Travessa da Trindade · Rua Nova da Trindade · Largo do Chiado · Praça Luís de Camões · Rua do Loreto · Calçada do Combro · Rua dos Poiais de São Bento · Calçada da Estrela · Rua de Correia Garção