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Mais de metade dos estudantes universitários portugueses está em burnout

Mais de metade dos estudantes das universidades portuguesas têm sinais de exaustão.
Mais de metade dos estudantes das universidades portuguesas têm sinais de exaustão. Direitos de autor  Francisco Seco/AP
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De Euronews
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Estudo da Universidade Lusófona mostra um problema que muitas vezes começa nos professores, a que se junta a falta de apoio das instituições de ensino.

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Um número elevado de estudantes universitários está fisicamente exausto, triste e com falta de confiança. A conclusão é do estudo “Ecosssistemas de Aprendizagem Saudáveis nas Instituições de Ensino Superior em Portugal”, coordenado pela psicóloga Tânia Gaspar, da Universidade Lusófona.

A agência Lusa divulgou o estudo, que envolveu mais de 2.300 estudantes entre os 17 e os 35 anos.

Dos inquiridos, 61,6% disseram que se sentiram fisicamente exaustos no último mês, 46,2% sentiram-se irritados e 41,6% tristes.

Mais de dois terços (65.5%) disseram ser incapazes de controlar as emoções, 61,5% mostra falta de confiança em lidar com os problemas e 59,4% sente que não consegue ultrapassar as dificuldades.

A pesquisa também mostrou que 13% dos inquiridos foram alvo de abusos. Os professores são muitas vezes apontados como a causa destes problemas.

"Os professores, não é abertamente, mas o que eles fazem é que, muitas vezes, desvalorizam os alunos, gozam com eles (...), há uma atitude às vezes de altivez em relação aos alunos, que hoje em dia não se admitem", disse Tânia Gaspar  em entrevista à agência Lusa.

"Alguns professores ainda não ultrapassaram aquela questão das aulas teóricas doutorais e, portanto, há aqui uma grande distância para os alunos", acrescentou a psicóloga.

Para lidar com estes problemas, cerca de 40% dos inquiridos consome psicofármacos. Um resultado que, segundo a coordenadora de estudo, mostra a necessidade de prevenir estes problemas.  

Também as associações de estudantes defendem a prevenção.

"Ficamos preocupados com os resultados do estudo. Há muito que vínhamos alertando para este tipo de situações e temos vindo a defender a necessidade de implementar medidas preventivas”, disse à agência Lusa Pedro Neto Monteiro, presidente da Direção-Geral da Federação Académica de Lisboa (FAL).

Este dirigente estudantil também defende mais psicólogos nas universidades e uma reestruturação da rede de serviços de saúde mental.

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