O Parque Grant, em Chicago, foi palco de uma das maiores celebrações da vitória do candidato democrata, Barack Obama, que entrou para a história, quando foi eleito primeiro presidente negro de Estados Unidos.
Barack Obama:
“Foi um longo caminho, mas esta noite, graças ao que conseguimos neste dia de eleição, neste momento decisivo, a mudança está a chegar à América”.
A euforia inicial não chegou para ocultar a realidade: a legislatura seria muito difícil para o novo presidente.
Em finais de 2008, a economia norte-americana estava de rastos. A crise dos créditos hipotecários e a falência do Lehman Brothers afundaram o país na recessão. As vendas de automóveis caíram 40% e Detroit, cidade emblemática da indústria, passou a ser o símbolo da prosperidade perdida.
Para salvar Detroit, Obama injetou 60 mil milhões de dólares (cerca de 46 mil milhões de euros) para ajudar o setor automóvel, conseguindo, num ano, salvar um milhões de postos de trabalho.
Barack Obama:
“Hoje, pela primeira vez desde 2004, os três grandes fabricantes norte-americanos tiveram lucros, a primeira vez em seis anos”.
A deriva do setor financeiro originou esta crise, razão pela qual Obama quis limitar os abusos de wall Street, prometendo regulamentar dos mercados.
Presidente Obama:
“Com as reformas que propomos, queremos estabelecer regras que permitam aos mercados impulsionar a inovação e desencorajar os abusos”.
A batalha política mais dura de Obama foi a reforma do sistema de Saúde, “Helthcare”. O Partido republicano opôs-se ferozmente, mas não conseguiu impedi-la.
Presidente Obama:
“Hoje, quase depois de um século de tentativas, e a fechar um ano de debates, a reforma da saúde foi aprovada como lei nos Estados Unidos”.
Barack Obama também passou à história por ser o primeiro presidente dos Estados Unidos a pronunciar-se a favor do casamento dos homossexuais. E justificou.
“Para mim, pessoalmente, é importante seguir em frente e dizer que penso que os casais do mesmo sexo podem contrair matrimónio.”
No início do mandato, a primeira lei que assinou foi a que garantiu o direito das mulheres a terem um salário idêntico ao dos homens pelo exercício das mesmas funções. Até então o direito laboral norte-americano era discriminatório.