A saída de Chuck Hagel não obtém um consenso entre os norte-americanos. Se uns acreditam que não mudará o rumo da Casa Branca, outros criticam o afastamento do veterano do Vietname e único republicano do executivo.
Uma residente de Washington diz que “a política não sofrirá grandes mudanças. A Casa Branca quer seguir uma determinada direção e o presidente encontrará alguém para continuar esse trabalho”.
Um militar na reserva defende que o afastamento de Hagel é algo de “muito errado”.
Entre os nomes avançados para a sucessão está Michèle Flournoy, ex-número três do Pentágono, que poderá tornar-se na primeira mulher a ocupar o posto. Outra possibilidade é o senador democrata Jack Reed ou o ex-secretário adjunto da Defesa, Ashton Carter.
Heather Conley, analista do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington diz que “Hagel fez o melhor de pode. Em comparação com [os antecessores], Bob Gates ou Leon Panetta eram figuras de maior perfil às quais eram associadas políticas concretas, o que não era realmente o caso com Hagel”.
O correspondente da euronews, Stefan Grobe, diz que “Obama vai nomear em breve o quarto secretário da Defesa da sua presidência e os republicanos do Senado vão aproveitar para atacar a sua estratégia – ou falta dela – na Ucrânia, na Síria e no Iraque. Quem quer que seja que aspire à função de Hagel precisa de conquistar as esferas do poder em Washington, bem como o respeito dos homens e mulheres de uniforme”.