Sem rival e sem surpresas, Angela Merkel é reeleita pelos seus pares da CDU, União Democrata Cristã, partido que lidera desde 2000. A única incógnita
Sem rival e sem surpresas, Angela Merkel é reeleita pelos seus pares da CDU, União Democrata Cristã, partido que lidera desde 2000. A única incógnita é a percentagem dos votos. Com três mandatos como chanceler, ao contrário de muitos dirigentes europeus, continua popular junto dos eleitores.
No último congresso do partido, em 2012, Merkel conseguiu 98% dos votos, e a sua coligação venceu, com maioria, as eleições de 2013. Nenhum correligionário lhe faz sombra. Além de líder incontestada no partido conservador alemão – predominantemente masculino e católico, sendo ela protestante, é considerada a segunda figura com mais poder no mundo, segunda a revista Forbes. A maioria dos alemães quer que a chanceler Angela Merkel concorra a um quarto mandato, e três entre quatro pessoas acreditam que gostaria de permanecer no cargo depois de 2017, quando o atual mandato terminar (mais precisamente, 74% dos alemães).
Merkel goza de grande popularidade pela personalidade, franca e o caráter simples, acessível. Numa Europa em crise, conseguiu manter o desemprego abaixo de qualquer média e defender os interesses alemães. É perseverante e rigorosa, por isso não deixa de criticar os “maus alunos”, como, recentemente, fez em relação à Itália e a França. Com 60 anos, esta alemã de leste, doutorada em Química Quântica, adoçou um pouco o seu estilo austero. A Alemanha continua a ser a superpotência da Europa e Merkel é, quase sempre, a única mulher nas fotografias de líderes mundiais. No domingo passado, não se coibiu de criticar a Rússia por ser fonte de dificuldades para os vizinhos que se aproximam da União Europeia.