Alexei Navalny: "agenda contra a corrupção russa é combate político"

Alexei Navalny: "agenda contra a corrupção russa é combate político"
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De  Euronews com AFP, Le Monde
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Ao longo dos anos , Alexei Navalny tornou-se a principal figura da oposição a Vladimir Putin. Conhecido pelos dotes oratórios, defensor da

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Ao longo dos anos , Alexei Navalny tornou-se a principal figura da oposição a Vladimir Putin. Conhecido pelos dotes oratórios, defensor da transparência contra a corrupção das elites, marcou as eleições legislativas de 2011, com a sua fórmula de choque sobre o partido do presidente, Rússia Unida – “partido dos ladrões e dos escroques”.

Diplomado em Direito Comercial pela Universidade Amizade dos Povos, passou pelo partido liberal Iabloko, de onde foi afastado por causa das posições nacionalistas. Mas nunca deixou de contestar a legitimidade de Putin no seu próprio terreno, o de íntegro defensor dos interesses da Rússia.

No site Rospil denuncia, com outros juristas, os atos de corrupção, analisando as convocatórias dos concursos públicos e licitações da administração.

Publica os resultados das investigações e o nome dos envolvidos.

Alexei Navalny assume o que faz: - Dedico-me a investigar a corrupção na Rússia, o que é uma atividade a tempo inteiro. A corrupção é o tema mais importante da agenda política atual. Não vou fingir e tratar o assunto como mera corrupção porque, na verdade, é política.

Navalny, é o mais persistente opositor ao Kremlin: combina a luta política clássica com golpes espetaculares de efeito imediato, como a compra de ações dos grandes grupos de petróleo e de gás, para exigir transparência .

Em 2013 candidatou-se às eleições municipais em Moscovo, conseguindo 27,2% dos votos, resultado que lhe proporcionou um confortável segundo lugar, que lhe permite continuar a fazer oposição.

Por outro lado, o mesmo resultado colocou-o na mira do poder. Agora, é perante os juizes que Navalny tem de continuar a batalha. Em 2013, já tinha sido condenado a cinco anos num campo de trabalho, por alegado roubo de 10 mil metros cúbicos de madeira no valor de pouco mais de 400 mil euros, quando era conselheiro do governador de Kirov, em 2009.

Foi libertado 24 horas depois, com o pretexto de ser candidato autárquico, com a condição de não deixar a capital do país..

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