Pode dizer-se que foi um momento histórico aquele que aconteceu esta tarde em Paris. Chefes de Estado de todo o mundo marcharam unidos pelas ruas da
Pode dizer-se que foi um momento histórico aquele que aconteceu esta tarde em Paris. Chefes de Estado de todo o mundo marcharam unidos pelas ruas da “Cidade Luz”, entre eles estava o Primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.
Também o ministro da Economia de Israel se deslocou à capital francesa. A euronews ouviu a sua opinião sobre os recentes acontecimentos:
Naftali Bennett:
Aquilo que espero do mundo livre, e da Europa em particular é, antes de mais, que compreendam aquilo que estamos a enfrentar. Fingir que isto não é terror islâmico, isto é o terror islâmico, digamos a verdade, porque se não se definir como terror islâmico, mas como terror em geral, não há qualquer forma de lutarmos contra isso.
James Franey, euronews:
Isso não pode acabar por ser visto como uma forma de culpabilizar, coletivamente, todos os muçulmanos pelo terror?
N. Bennett:
Não, não estou a culpar os muçulmanos. Obviamente que, a maioria dos muçulmanos, não apoiam o terror, mas a maioria dos terroristas são muçulmanos. Isso é um facto. E o que nós precisamos é de lutar contra isso.
Acho que há um certo grau de ingenuidade na Europa. Penso que há um desejo, sob o pretexto de correção política, de tentar entender as motivações desses terroristas. Devemos ter tolerância zero para com quaisquer ataques terroristas. Tolerância zero. Eu não quero entendê-los, quero vencê-los. Precisamos de combater o terror e vencer. Nós fizemo-lo em Israel e agora é preciso que isso aconteça na Europa.
Euronews:
Qual é a sua mensagem para os judeus franceses que podem temer outros ataques?
N. Bennett:
Estive com centenas de judeus franceses hoje e vejo uma profunda preocupação. A minha mensagem para cada judeu francês é: vocês têm uma casa, uma casa em Israel. Ficando em França ou regressando a Israel, o Estado israelita sente-se responsável pelo seu bem-estar, pela sua segurança. Se decidir ficar aqui, tudo bem. Se decidir vir para Israel, vamos recebê-lo de braços abertos.
Euronews:
O atirador, no supermercado, mencionou a situação dos palestinianos. Pensa que essa situação desempenha um papel neste tipo de ataques terroristas?
N. Bennett:
De forma alguma. Há uma motivação, que é a Sharia, uma ideologia islâmica fanática. Tentar entender as suas angústias não é a abordagem correta. Quando se luta contra o terrorismo há apenas uma abordagem: a vitória incondicional.