A cidade na fronteira entre a Síria e a Turquia foi libertada, mas está completamente destruída. A recuperação vai demorar.
Em Kobani, na Síria, a população curda festeja a vitória sobre as forças do grupo armado Estado Islâmico.
A cidade foi libertada, mas a que preço? A destruição é visível, as bombas não deixaram pedra sobre pedra.
Os combatentes Peshmerga curdos anunciaram na segunda-feira que tinham retomado o controlo completo da cidade, mas, para que a vida regresse à normalidade, há um longo caminho a percorrer. As Unidades de Proteção Popular, principal milícia curda, querem agora libertar as aldeias à volta desta cidade, na fronteira com a Turquia.
É uma esperança para os milhões de refugiados sírios. Só na Turquia, estima-se que haja 1,6 milhões.
Mursitpinar é um dos campos a acolher um grande número de refugiados. Para eles, o pensamento é só um: regressar.
“Deixem-nos ir para casa. As forças de segurança devem poder estabilizar a zona, para nos proteger e impedir a crueldade. Têm de nos proteger, para que aqueles bárbaros não voltem”, diz Nebu Adbi, refugiado.
Uma mulher, Fadile Ismail, igualmente refugiada neste campo, acrescenta: “Queremos que os outros países nos ajudem, a nós e ao nosso país. Queremos regressar a Kobani e viver lá sem que nos façam mal. Queremos que se vão embora para sempre”.
Segundo o Departamento de Estado norte-americano, a libertação de Kobani foi importante para desmoralizar os terroristas, mas foi apenas um episódio na campanha global de combate ao autointitulado Estado Islâmico.