Os rebeldes pró-russos ganham terreno no leste da Ucrânia. Vuhlehirsk, de nome russo Uglekorsk, que antes da guerra acolhia nove mil pessoas, é hoje
Os rebeldes pró-russos ganham terreno no leste da Ucrânia. Vuhlehirsk, de nome russo Uglekorsk, que antes da guerra acolhia nove mil pessoas, é hoje uma cidade fantasma controlada pelos separatistas.
Mais um revés para as tropas ucranianas, enquanto Kiev espera que os Estados Unidos se decidam a ajudar o país com armamento.
As forças pró-russas usam Vuhlehirsk para tentar cercar Debaltseve, importante eixo ferroviário e rodoviário nas ligações com a Rússia, ainda sob controlo do exército ucraniano. A cidade está sob fogo intenso e a chefe da diplomacia europeia pede uma trégua imediata para permitir a fuga dos civis.
O cessar-fogo faz parte do passado e os bombardeamentos multiplicam-se.
Esta quarta-feira, dois morteiros destruíram parcialmente o hospital n.° 27 de Donesk. Os separatistas falam de cinco mortos e cinco feridos.
Uma residente explica: “Houve uma grande explosão. Foi atingida e caí aqui. E o meu filho caminhava”, mas foi atingido mortalmente.
O procurador ucraniano acusa os separatistas pelo ataque ao hospital. Houve morteiros que caíram noutras zonas da cidade.
Alemanha, França e Vaticano reiteraram apelos ao diálogo. A situação no terreno deverá dominar a visita do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, esta quinta-feira, a Kiev.
O presidente Poroshenko espera o anúncio do envio de armamento. Paris e Berlim rejeitam essa hipótese.
Em dez meses de conflito, já morreram mais de 5300 pessoas e há milhares de deslocados.