Sudão, Egito e Etiópia com acordo de princípios sobre a barragem da Grande Renascença

Os presidentes do Sudão, Omar al Bashir, do Egito,
Abdelfatah al Sissi, e o primeiro-ministro da Etiópia,
Haile Mariam Dessalegne, assinaram esta segunda-feira em Cartum uma declaração de princípios sobre a polémica barragem da Grande Renascença.
Antes da assinatura do documento os três líderes discutiram a fórmula que permite ao Egito e ao Sudão manter as respetivas quotas de água depois de concluída a construção barragem.
“Haverá desenvolvimento e crescimento para vocês e congratulo-me com isso, mas não se esqueçam que no Egito vive-se com a água que vem desse rio”,sublinhou o presidente al-Sissi.
Inicialmente o Egito considerava que o projeto prejudicaria o seu abastecimento de água, que já é insuficiente.
“Esta construção não prejudicará os povos dos três países e, especificamente, o do Egito”, afirmou o primeiro-ministro etíope.
A construção da barragem, cujo custo ascende a cerca de 3.700 milhões de euros, começou em 2011, no Nilo Azul e a sua conclusão está prevista para 2016. Será capaz de produzir níveis de energia equivalentes aos de seis centrais nucleares.