Robert Altman dizia que fazer um filme era como construir um castelo de areia: quando a maré chega não sobra nada a não ser a memória. A vida e a
Robert Altman dizia que fazer um filme era como construir um castelo de areia: quando a maré chega não sobra nada a não ser a memória.
A vida e a obra do realizador de “M*A*S*H” et “Nashville” chega agora ao grande ecrã em vários países europeus.
O documentário de Ron Mann analisa o percurso do cineasta norte-americano considerado como o pai do cinema independente norte-americano.
“Tinha muito afeto pelo trabalho do Bob nos anos 70, foi na época da nova Hollywood, com realizadores como Coppola, George Lucas e Martin Scorsese. mas nessa altura o Bob era mais velho e eles eram mais livres e trouxeram liberdade ao cinema”, sublinhou Ron Mann.
A terceira mulher de Altaman Kathryn Reed, seguiu de perto a vida profissional do marido. “Tive altos e baixos e aprendi a lidar com a montanha russa. Era sempre difícil quando estávamos em baixo mas ele nunca ficava muito tempo em baixo devido às críticas negativos, aos projetos cancelados e a todas as coisas que fazem parte da vida de um realizador. Ele voltava a erguer-se, era impressionante”
“M*A*S*H” venceu a Palma de Ouro em Cannes em 1970. O realizador foi várias vezes nomeado para os Óscares.
Com o tempo, o termo “altmaniano” tornou-se um jargão cinematográfico. Ron Mann tem a sua própria visão do conceito.
“Para mim, o Bob é indestrutível, é esse o significado de ‘altmaniano’. Os filmes dele não são efémeros”, disse Mann.
O documentário de Ron Mann foi apresentado durante o último Festival de Veneza e não tem data de estreia anunciada em Portugal.