Governo ucraniano suspeita de envolvimento de Moscovo na morte de jornalista

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De  Nelson Pereira
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Um jornalista ucraniano foi morto a tiro esta quinta-feira em Kiev. Conhecido pelas suas posições pró-Moscovo, Oles Bouzina foi assassinado por dois

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Um jornalista ucraniano foi morto a tiro esta quinta-feira em Kiev. Conhecido pelas suas posições pró-Moscovo, Oles Bouzina foi assassinado por dois homens encapuçados à porta de casa.

O jornalista trabalhava no diário Sevodnya, que pertence ao oligarca ucraniano Rinat Akhmetov.

Este crime aconteceu um dia depois de o ex-deputado pró-russo Oleh Kalashnikov ter sido vítima de um atentado semelhante.

No gabinete do presidente ucraniano Petro Poroshenko estes dois crimes foram considerados atos “deliberados”, feitos pelas mãos dos inimigos do governo ucraniano.

Segundo Anton Herashchenko, conselheiro do Ministério do Interior da Ucrânia, os assassinatos de Bouzina e Kalashnikov podem ter sido orquestrados pelos serviços secretos russos.

“Os dois crimes são semelhantes – em ambos os casos as vítimas foram assassinadas à porta de casa, os criminosos tinham tudo bem planeado e agiram impunemente. Uma das versões possíveis é que os seviços secretos russos estejam envolvidos, com a intenção de fazer pensar que na Ucrânia são assassinados os cidadãos que se opõem às autoridades ucranianas”, disse Herashchenko.

Em declarações feitas durante o programa televisivo “Linha Direta com Vladimir Putin”, o presidente russo atribuiu motivos políticos ao crime, sublinhando que “a Europa e os Estados Unidos preferem fechar os olhos.”

Nos últimos três meses, morreram pelo menos oito políticos ligados ao ex-presidente Yanukovych. As causas destas mortes são pouco claras, embora inicialmente se tenha pensado tratar-se de suicídios.

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