Itália apela a solução europeia para a questão dos incidentes no Mediterrâneo

Em Itália o aumento do número de incidentes mortais nas travessias do Mediterrâneo está a causar preocupação.
"Principalmente a nível europeu precisamos de resolver esta emergência não como um país mas como uma união" - Paolo Gentiloni, Ministro italiano dos Negócios Estrangeiros
Nos últimos cinco dias teriam chegado ao país cerca de 10 mil viajantes clandestinos colocando os serviços de resgate debaixo de uma pressão sem precedentes.
No incidente mais recente, cerca de 400 migrantes teriam desaparecido quando o barco em que viajavam naufragou em alto mar.
“A Itália está empenhada nesta questão que não é apenas uma questão italiana. Principalmente, a nível europeu precisamos de resolver esta emergência não como um país mas como uma união”, afirma Paolo Gentiloni, chefe da diplomacia europeia.
O Alto-comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, afirma que é necessário criar capacidade para se evitarem mais tragédias no Mediterrâneo.
“Incidentes como o mais recente apenas demonstram a importância de um mecanismo robusto para lidar com este problema. Infelizmente, a iniciativa Mare Nostrum não foi substituída por algo com a mesma capacidade”, adiantou António Guterres.
Entretanto, as autoridades líbias anunciaram esta quarta-feira a detenção de 260 migrantes dentro das águas territoriais do país, próximo à cidade de Misrata.
Os viajantes, na sua maioria oriundos da África Subsaariana, encontravam-se numa embarcação rumo à Europa.
De recordar que desde o fim da operação Mare Nostrum, a taxa de mortalidade no Mediterrâneo aumentou 50 vezes.