Como gere a UE a migração e quais as condições de acolhimento que oferece?

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De  Euronews
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Esta semana, o U-Talk apresenta um formato especial com duas perguntas de telespetadores em vez de apenas uma. Muitos foram os que reagiram à edição

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Esta semana, o U-Talk apresenta um formato especial com duas perguntas de telespetadores em vez de apenas uma. Muitos foram os que reagiram à edição da semana passada do nosso programa Repórter, onde expusemos o drama dos migrantes bloqueados em Calais, no norte da França.

Nunca houve tantas pessoas a fugir de guerras e em busca de refúgio numa União Europeia (UE) acusada de laxismo e abandono face a estes mesmos refugiados. Selecionámos duas questões.

Samir perguntou-nos: “O que faz a União Europeia para gerir estes fluxos migratórios?”

Claude, por outro lado, quer saber: “Terá a Europa condições para acolher estes refugiados?”

A jornalista Valérie Gauriat responde, a propósito da reportagem que efetuou em Calais:
( Clique nesta ligação para rever a referida reportagem )

“O problema da União Europeia é estar ainda à procura de uma política de imigração comum. Existe todo um arsenal de medidas, muitas delas, porém, não vinculativas. Cabe à agência Frontex gerir a cooperação entre as fronteiras externas europeias através de um dispositivo de segurança que é muito contestado.

A #imigração através das fronteiras externas da UE é fonte de desafios e debate. Descubra o que faz Agência #Frontexhttp://t.co/fRppcbHPsQ

— Parlamento Europeu (@Europarl_PT) 25 março 2015

“Não só o número de migrantes aumenta com os conflitos, também os riscos se agravam. O sistema de asilo europeu choca com a Convenção de Dublin, a qual exige que o migrante peça asilo no país onde entrou na Europa. Se for para outro, ele pode ser deportado para esse país de chegada.

“Enquanto cada Estado-membro passa a bola ao outro, milhares de pessoas são mantidas meses ou até anos na clandestinidade e na precariedade. Conseguir os vistos revela-se uma corrida de obstáculos. Por vezes demasiado longa. Mas quando se foge de uma guerra ou de uma ditadura, há urgência.

“Em relação à capacidade de acolhimento, a Europa está a envelhecer e alguns países carecem de mão-de-obra. Há um problema de distribuição dos refugiados entre os países e nem todos eles aceitam ficar.

“É de notar também que são os países em desenvolvimento que recebem 80 por cento dos refugiados mundiais. Podemos questionar, por fim, a responsabilidade da UE face às vítimas de conflitos e de regimes muitas vezes apoiados pelos próprios Estados-membros europeus.”

Informação útil

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