Anzac Day: mito fundador sobre a sangrenta invasão de Galípoli na I Guerra Mundial

Anzac Day: mito fundador sobre a sangrenta invasão de Galípoli na I Guerra Mundial
De  Maria Joao Carvalho
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

A I Guerra Mundial escreveu na penísula de Galípoli, atual Turquia, um dos seus capítulos mais sangrentos. No dia 25 de abril de 1915, as forças

PUBLICIDADE

A I Guerra Mundial escreveu na penísula de Galípoli, atual Turquia, um dos seus capítulos mais sangrentos.
No dia 25 de abril de 1915, as forças britânicas, francesas, australianas e neozelandesas desembarcaram em Galípoli, numa tentativa de invasão da Turquia e captura do estreito de Dardanelos. A tentativa falhou, em janiro do ano seguinte, com pesadas perdas para ambos os lados.

Esta tentativa de tomar o estreito para chegar a Constantinopla deparou-se com a forte resistência do Império Otomano.
Nenhum dos envolvidos pode esquecer esta batalha que se saldou em 180 mil mortos aliados e 220 mil mortos turcos.

Galíponi tornou-se um “mito fundador”, tanto para a Austrália como para a Nova Zelândia, e o Anzac Day ainda é feriado nos dois países.
Os familiares perpetuam a memória dos seus combatentes.

Uma australiana reconhece:

- Queria conhecer Galípoli, é a razão pela qual vim. Soube que o meu avê serviu aqui como capelão castrense das tropas britânicas. Estava curiosa porque li tanta coisa!

Um outro visitante, emociona-se:

- É fascinante este ambiente, recordar tudo. A íncrível perda de vidas humanas de ambas as partes, comove. Viemos para conhecer a história, para saber o que sucedeu aqui realmente.

Durante a campanha, foi concedida uma trégua para confraternizarem com o inimigo: os turcos lançavam tâmaras e doces e os aliados ocidentais carne e cigarros.

O historiador Şahin Aldogan descreve a campanha:

- A luta no campo de batalha era feroz, ao mesmo tempo em que se forjavam garndes amizades. Mesmo Atarturk disse: “os vossos filhos converteram-se, também, em nossos filhos”. Agora vemos os australianos, neozelandeses, britânicos e de diferentes países, visitarem-nos como amigos e nossos convidados para este encontro.

Mustafa Kemal, era um comandante desconhecido do exército turco que ultrapassou desobedeceu a ordens superiores para conter o avanço aliado e, eventualmente, fazê-los recuar. Depois, mudou o nome para Kemal Atatürk, e tornou-se o fundador do Estado Turco moderno depois do colapso do Império Otomano.

Bora Bayraktar, euronews:

- No princípio, os familiares visitavam Galípoli para recordar os entes queridos. Ao cumprir-se este centenário da guerra, são os netos e as pessoas interessadas na História que evitam que estes soldados e estes monumentos caiam no esquecimento.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Vítimas da violência na Irlanda do Norte põem governo em tribunal

Calor na Europa provoca mais mortes do que se pensava

O impacto da guerra entre Israel e o Hamas nas escolas britânicas