O Reino Unido quer confiscar os salários dos imigrantes clandestinos que trabalham no país. A medida foi evocada esta quinta-feira pelo
O Reino Unido quer confiscar os salários dos imigrantes clandestinos que trabalham no país. A medida foi evocada esta quinta-feira pelo primeiro-ministro britânico, no dia em que o novo executivo apresentou o programa de governo.
No topo das prioridades dos conservadores está a luta contra a imigração clandestina, um dos temas da campanha eleitoral.
Cameron, que acompanhou esta manhã uma operação da polícia contra imigrantes em situação irregular, anunciou a criação de um grupo de trabalho para implementar medidas repressivas, que passam por multas e penas de prisão para os trabalhadores ilegais.
“Posso anunciar que vamos criar um grupo de trabalho sobre a imigração que tem como objetivo tornar o Reino Unido num país menos atrativo para os trabalhadores ilegais. Até agora era demasiado fácil trabalhar de forma ilegal, e demasiado fácil empregar trabalhadores ilegais. É por isso que é necessário um gesto radical para que o trabalho ilegal seja reprimido como um crime”.
As intenções de Cameron contrastam com os números da imigração durante o seu primeiro mandato. Longe da promessa do primeiro-ministro de reduzir as entradas no país a 100 mil imigrantes anuais, os dados revelados hoje mostram que 318 mil pessoas cruzaram a fronteira britânica no ano passado. Um número próximo do pico de 320 mil imigrantes registado em 2005, durante o governo trabalhista de Tony Blair.