França abre refúgios mas mantém fronteiras fechadas

França abre refúgios mas mantém fronteiras fechadas
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De  Ricardo Figueira
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A crise das migrações ilegais aumenta. Só este ano, chegaram mais de 110 mil pessoas às costas europeias.

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Chegaram mais 400 migrantes a Augusta, na costa da Sicília, recolhidos por um navio. Isto numa altura em que a crise da imigração ilegal está a atingir níveis assustadores e aumenta a pressão para que os países da Europa abram as fronteiras.

Este está a ser um ano recorde em termos de chegada de migrantes vindos de África às costas europeias: “Até agora, este ano, chegaram mais de 110 mil pessoas à Europa. Se em Itália não houve um grande aumento nos números, já na Grécia houve uma grande subida no número de chegadas por mar, que aumentou seis vezes em relação ao ano passado”, diz Iosto Iba, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

A França anunciou a abertura de novos locais de acolhimento para migrantes, com uma capacidade total de 10.500 lugares, até ao início do próximo ano. O governo de Paris insiste na boa-vontade francesa: “Não podemos deixar a Grécia e a Itália sozinhas. Não seria solidário. Face a este encargo, a União Europeia tem de assegurar e financiar estes postos de acolhimento. Por solidariedade com a Itália e com a Grécia, estamos a por os nossos próprios serviços à disposição”, diz o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.

Apesar desta aparente boa vontade, a crise na fronteira franco-italiana aumenta. A situação mais grave vive-se em Ventimiglia, perto de Nice, onde centenas de migrantes estão retidos há vários dias. Dois corpos foram encontrados, do lado francês, junto a uma linha férrea, esta quarta-feira.

A França insiste em manter a fronteira fechada. O Papa fez um apelo a que os países acolham os migrantes, num recado indireto à França e outros países.

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