Esta é mais uma polémica do governo de Viktor Orbán, depois dos cartazes considerados xenófobos.
A Hungria esta no centro da nova polémica sobre as migrações na Europa, com a decisão do governo de mandar construir um muro de quatro metros para fechar a fronteira com a Sérvia, a única fronteira com um país de fora da União Europeia, por onde tem entrado um grande número de pessoas vindas, sobretudo, do Kosovo, do Afeganistão e da Síria.
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) lançou uma campanha para contrariar as posições alegadamente xenófobas do governo liderado por Viktor Orbán.
Kitty McKenzie é porta-voz do ACNUR para a Europa Central: “Qualquer muro, ou cerca, seria uma barreira ao asilo. As pessoas têm o direito de pedir asilo. Está na Constituição húngara e é um direito universal. Queremos ter a certeza que o governo húngaro mantém as fronteiras abertas, que as pessoas podem pedir asilo e esses pedidos são ouvidos.
Outra polémica tem a ver com os cartazes da campanha do governo húngaro, com frases como “na Hungria, respeite as nossas leis” ou “Na Hungria, respeite a nossa cultura”.
Citizens destroy anti-migrants posters in #Hungary. #Migration #Orban @SdeWijs http://t.co/KxQJJHNbsL
— Nóra de Wijs (@NWijs) June 8, 2015
“A ideia de construir uma cerca foi falada nos últimos dias, mas, segundo a imprensa, a maioria dos deputados do partido do governo está contra e nem sequer imagina algo assim. No entanto, o governo mantém a decisão de construir esta cortina de ferro”, constata a correspondente da euronews em Budapeste, Andrea Hajagos.