O presidente do Governo Regional da Catalunha, Artur Mas, assinou esta segunda-feira o decreto que convoca eleições autonómicas na região para 27 de
O presidente do Governo Regional da Catalunha, Artur Mas, assinou esta segunda-feira o decreto que convoca eleições autonómicas na região para 27 de setembro, uma votação que o próprio caracteriza como um “plebiscito à independência”.
“A Catalunha não está a viver um período normal. Quando uma maioria enfática e clara de um país pretende exercer democrática e pacificamente o seu direito de decidir, que é rejeitado constantemente, o diálogo e as negociações ficam bloqueadas, como também o pacto ou o acordo. Isso significa que estamos perante uma situação excecional, que requer também decisões excecionais”, sublinhou Mas.
O referendo realizado em 9 de novembro de 2014 foi considerado ilegal pelo Governo central e pelo Tribunal Constitucional, pelo que foi classificado de “processo participativo”, uma definição que o próprio Mas admitiu não ser suficiente para manifestar a vontade do povo catalão.
“Peço a Mas que respeite a legalidade e neutralidade, porque o mínimo que pode fazer é respeitar a vontade dos cidadãos da Catalunha e respeitar a lei. Ou seja, dissolver o Parlamento e convocar eleições autonómicas. Nada menos, e sobretudo nada mais”, disse Soraya Saez de Santamaría, vice primeira-ministra de Espanha.
O decreto – que leva os catalães às urnas pela terceira vez em cinco anos – não inclui qualquer referência ao “caráter plebiscitário” das eleições.
No documento, as eleições antecipadas de 27 de setembro são tratadas apenas como umas eleições autonómicas.