O Syriza está em desagregação. Pelo menos 25 deputados do ainda partido do Governo grego separaram-se da coligação de extrema-esquerda fundada em
O Syriza está em desagregação. Pelo menos 25 deputados do ainda partido do Governo grego separaram-se da coligação de extrema-esquerda fundada em 2004 e que em janeiro passado chegou ao poder. O objetivo deste grupo de “rebeldes” é formar uma nova força política, avançou, o porta-voz do Parlamento grego, com eco na conta oficial de Twitter da Esquerda grega (em baixo).
Ανεξαρτητοποιήθηκαν 25 βουλευτές του ΣΥΡΙΖΑ - «Λαϊκή Ενότητα» το όνομα της νέας κοινοβουλευτικής ομάδας υπό τον... http://t.co/QXYSJkosaZ
— left.gr (@leftgr) 21 agosto 2015
O novo grupo de extrema-esquerda “em trabalho de parto” deverá ser batizado como “União Popular” e ser encabeçado pelo antigo ministro da Energia, Panagiotis Lafazanis, também líder da Plataforma de Esquerda, corrente que defende o “Grexit”, o regresso da Grécia ao dracma como moeda nacional e que representa cerca de 30 por cento do Syriza.
Lafazanis já havia ameaçado com a formação de um novo movimento de esquerda para lutar contra o novo resgate. “A assinatura de um novo memorando equivale à destruição do povo e da democracia grega, reverte o mandato dado pelos gregos no passado dia 5 de Julho [referendo que aprovou o ‘não’ ao programa de resgate] contra as políticas neoliberais”, lia-se num comunicado da semana passada emitido pela Plataforma de Esquerda.
"No" #OXI (orange colour) wins in ALL counties of #Greece. #Greferendum#oxi2015#dimopsfismapic.twitter.com/9IgLZgQciO
— SYRIZA London (@SyrizaLondon) 6 julho 2015
Estes radicais do Syriza representavam a principal oposição ao primeiro-ministro e líder do partido, Alexis Tsipras, na busca de apoio para aprovar o terceiro programa de resgate à Grécia. A Plataforma de Esquerda é contra as cedências helénicas, que incluem mais privatizações e austeridade, e votou contra o novo empréstimo internacional de mais 85 mil milhões de euros pelos credores internacionais, a agora apelidada “quadriga”: Comissão Europeia, Banco Central Europeu, Mecanismo Europeu de Estabilidade e Fundo Monteário Internacional.
Na quinta-feira, Tsipras anunciou a demissão e a dissolução do Governo. O primeiro-ministro apelou à convocação de eleições antecipadas na Grécia, numa declaração ao país através da televisão pública grega.
“O meu mandato de 25 de janeiro [eleições legislativas que foram conquistadas pelo Syriza, a coligação de esquerda radical] expirou. Agora o povo deve pronunciar-se. Vocês, com o vosso voto, vão decidir se negociámos bem ou não”, afirmou Tsipras (“twit” em baixo).
Η λαϊκή εντολή της 25ης Ιανουαρίου εξήντλησε τα όριά της.
Τώρα πρέπει να πάρει το λόγο εκ νέου ο κυρίαρχος λαός.
https://t.co/M4u4w7NreX
— a.tsipras (@atsipras) 20 agosto 2015