As autoridades húngaras voltaram a impedir o embarque de centenas de refugiados na estação de Keleti, em Budapeste. A polícia tinha encerrado a gare
As autoridades húngaras voltaram a impedir o embarque de centenas de refugiados na estação de Keleti, em Budapeste.
A polícia tinha encerrado a gare esta manhã, depois de ter permitido ontem a partida de dois comboios com mais de 3.600 pessoas, com destino a Viena, na Áustria e Munique, na Alemanha.
A estação reabriu ao início da tarde, mas os refugiados estão impedidos de entrar na instalação, apesar dos protestos desta manhã.
Budapest. #Keleti. Fliehende feiern Merkel, hoffen auf Deutschland. pic.twitter.com/fgBxuhFsi2
— Martin Kaul (@martinkaul) September 1, 2015
“Olhe para o meu filho, veja o que lhe fizeram, quando nos empurraram para sair do edifício”, afirma uma refugiada.
As centenas de pessoas, a maioria provenientes da Síria, tinham sido autorizadas ontem a comprar bilhetes para Munique.
“Este bilhete foi pago, não foi roubado”, afirma um refugiado, “Vocês dizem que se preocupam com os direitos humanos e nós precisamos de direitos humanos, apenas um pouco, não precisamos de todos, apenas de alguns, bens essenciais e segurança”.
Outro refugiado afirma, “Nós queremos ir para a Alemanha, e para nos deixar ir para a Alemanha, a polícia diz-nos que não podemos apanhar nem taxis nem comboios para ir para a Alemanha. Porquê, nós também somos seres humanos”.
A situação na Hungria, Áustria e Alemanha, volta a ilustrar as divergências entre os países da União Europeia sobre a forma de gerir a situação, quando uma reunião de urgência sobre o tema está prevista apenas para 14 de setembro.