Aylan Kurdi: Funeral de refugiado de três anos relembra tragédia de milhares

O menino de três anos cuja morte simboliza a tragédia de mais de 2.600 refugiados este ano, foi a enterrar esta quarta-feira, na cidade síria de Kobani.
Uma cerimónia à qual assistiu o pai, o único da família a sobreviver à perigosa travessia marítima do mar Egeu, na terça-feira.
A enterrar foram também o irmão e a mãe de Aylan Kurdi.
O pai, que pretendia alcançar o Canadá, lembra,
“o governo canadiano rejeitou o meu pedido. A minha irmã, que vive no país, perguntou-me o que é que eu contava fazer. Disse-lhe que a única solução seria de pagar a traficantes para levarem-nos à Alemanha ou a qualquer outro país europeu”.
A criança tinha sido encontrada sem vida numa praia de Bodrum, após o naufrágio de uma embarcação que provocou a morte de 11 outros refugiados sírios.
A família, natural de Kobani, tinha escapado do ataque do grupo Estado Islâmico à cidade.
A imagem e a história da criança morta provocou uma mobilização sem precedentes que levou vários líderes políticos europeus, como o primeiro-ministro britânico, a reverem a sua política de acolhimento de refugiados.