Milhares de pessoas dirigem-se a pé para a fronteira com a Áustria.
Milhares de refugiados sírios dirigem-se, a pé, para a fronteira que separa a Hungria da Áustria.
A estação ferroviária principal de Budapeste foi palco de novas tensões, que envolveram migrantes, polícia e elementos de extrema-direita. Fartos de esperar, centenas de refugiados revoltaram-se contra a polícia. Querem seguir viagem para a Áustria e, depois, para a Alemanha, sem terem de passar por um campo de detenção.
Face ao impasse, muitos puseram-se a caminho. É mesmo a pé que tencionam fazer os cerca de 200 quilómetros até à fronteira austríaca.
Many children among them, some in pushchairs. Very hot. Very little water. Horrible, pathetic sight pic.twitter.com/EYQ3eUHBuY
— James Mates (@jamesmatesitv) September 4, 2015
#MigrantMarch refugees on the move to #Austria. pic.twitter.com/Li3NHVDEGj
— Nabih (@nabihbulos) September 4, 2015
== Em Bicske, 40 quilómetros mais à frente, cerca de 300 migrantes escaparam de um comboio que continua parado com cerca de 1400 pessoas a bordo, que se recusam a sair e inscrever-se no centro de registo de imigrantes que está instalado nesta localidade. Aqueles que deixaram o comboio e outros, que fugiram do centro de registo, puseram-se também a caminho em direção à fronteira.
Outro ponto quente é Röszke, perto da fronteira entre a Sérvia e a Hungria, um dos pontos de entrada desta vaga migratória na União Europeia.
Também aqui houve confrontos com a polícia. Vários migrantes conseguiram escapar do centro de registo instalado aqui e começaram a caminhar em direção à fronteira austríaca.
A Hungria tem, ao todo, 12 campos de refugiados, centros de detenção e centros de registo. Tomou agora a decisão de abrir mais dois, mas isso só muito dificilmente poderá conter esta maré humana.