Europa dividida: milhares marcham em apoio aos refugiados enquanto outros rejeitam a sua presença

Na Grécia centenas de pessoas marcharam pela praça Syntagma em Atenas em sinal de solidariedade para com os refugiados.
"É uma autêntica vergonha que este governo, de um dos países mais ricos do mundo, de facto não compreende o que está a acontecer às pessoas" - Milica Pesic, diretora, Media Diversity Institute
Os manifestantes dirigiram-se para a sede da União Europeia na capital grega gritando palavras de ordem e exortando o governo a abrir as fronteiras aos refugiados.
Cenas idênticas tiveram lugar na capital espanhola, Madrid, onde milhares marcharam pelas ruas em apoio dos refugiados provenientes da Síria.
Os manifestantes reclamaram uma política europeia responsável para lidar com esta questão.
“Utilizar fronteiras como barreiras à migração natural de pessoas é uma aberração no século 21” disse Juan Luis, um funcionário civil madrileno.
Igualmente na capital britânica milhares de pessoas marcharam este sábado pelo centro de Londres em sinal de protesto contra a posição do governo britânico relativamente à crise dos refugiados.
“É uma autêntica vergonha que este governo, de um dos países mais ricos do mundo, de facto não compreende o que está a acontecer às pessoas”, adiantou Milica Pesic, uma britânica de origem sérvia que veio para a Grã-Bretanha durante o conflito nos Balcãs.
A marcha contou com a presença do novo líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, assim como de defensores dos direitos humanos, ativistas, políticos e músicos.