ANALYSIS-#Greece's new government will need a miracle to prosper in the #euro #greeceelection http://t.co/tl0IyMcnej pic.twitter.com/1Hie4eBIt8—
ANALYSIS-#Greece's new government will need a miracle to prosper in the #euro#greeceelection
http://t.co/tl0IyMcnejpic.twitter.com/1Hie4eBIt8
— BITAF (@BitafLondon) 16 setembro 2015
Este domingo, 20 de setembro, a Grécia vai a votos. Uma eleição desencadeada pela demissão do primeiro-ministro, Alexis Tsipras, em agosto último. As urnas abrem às 7 horas da manhã, hora local, duas horas a mais do que em Lisboa, e encerram às 19 horas, de Atenas.
#greeceelection – #Polls show that it's a close call between #SYRIZA, neademokratia</a> <a href="http://t.co/yGiyzYkApw">http://t.co/yGiyzYkApw</a> <a href="http://t.co/FA72reLK53">pic.twitter.com/FA72reLK53</a></p>— Proto Thema English (
eprotothema) 4 setembro 2015
Os principais factos que marcaram a Grécia nos últimos meses:
A queda do governo de Antonis Samaras
A situação governativa grega era, no final de 2014, catastrófica. O governo de coligação, liderado por Antonis Samaras, do Partido Nova Democracia, “morria”, lentamente, à medida que se somavam as demissões, na sua maioria devido a divergências sobre as negociações do plano de austeridade com a ‘troika’.
O golpe fatal foi o fracasso de Antonis Samaras, líder dos conservadores, em conseguir eleger o seu candidato a Presidente da República. O antigo comissário europeu Stavros Dimas, não recolheu os 180 votos necessários no parlamento grego e o governo caiu.
Da queda de Samaris ao apogeu de Tsipras
Antonis Samaras convocou eleições para 25 de janeiro, o dia que marcaria uma reviravolta na Grécia.
Da insatisfação e revolta dos gregos, visível nas manifestações que se multiplicaram durante largos meses, principalmente nas ruas de Atenas, nasce o Syriza. Uma formação da ala mais radical da esquerda grega que se propõe fazer frente aos credores internacionais e lutar pelos interesses de uma Grécia cansada de austeridade.
Greek voters could punish Tsipras at ballot box http://t.co/uitGV9VzZd#Greece#greeceelectionpic.twitter.com/DKs9ccJLCb
— HollyEllyatt (@HollyEllyatt) 16 setembro 2015
Embalados pelas palavras de esperança de Alexis Tsipras, o país vira à esquerda e este quase ilustre desconhecido passa a gerir os destinos do país, acredita-se que crente de que poderia passar pelo “Cabo das Tormentas” e chegar, ileso, a bom porto. Mas pela frente tinha a última revisão do segundo programa de resgate.
Uma vitória em curva descendente
A vitória do Syriza não é expressiva. Alexis Tsipras vê-se empurrado para uma coligação, a única forma de governar, um país ansioso por mudanças, com maioria. Contra todas as expectativas o Syryza escolhe o partido conservador e nacionalista Gregos Independentes como parceiro. Em comum as duas formações têm a posição anti-troika e contra a austeridade mas, em tudo o resto, opõem-se totalmente, basta dizer que os Gregos Independentes surgem da cisão – por discórdia sobre a ‘troika’ – no seio da Nova Democracia.
Quando apresentou o seu programa de governo, em fevereiro, ao parlamento, Tsipras anunciou o aumento gradual do salário mínimo para 751 euros, até 2016.
A abordagem aos credores internacionais seria também ela diferente. Convicto, na altura, Tsipras afirmou: “Temos um plano realista e uma tática de negociação forte. Não servimos outros interesses que não sejam os dos gregos”.
Com o seu ministro das Finanças da altura, Yianis Varoufakis, optou por seguir uma linha de negociação com os credores internacionais totalmente diferente da dos seus antecessores. Propunham-se renegociar, rapidamente, as medidas de austeridade, pré-requisitos para a Grécia fechar o segundo programa de resgate e receber a ajuda financeira. Desde o verão de 2014 que o país não via “um tostão” dos seus credores.
Mas esta será a mais dura e desgastante batalha que Alexis Tsipras alguma vez viveu. Se por um lado o primeiro-ministro grego não quer desiludir o seu eleitorado, e deixar cair por terra as promessas que lhe fez, por outro os seus credores não veem com bons olhos as soluções apresentadas pelo Syriza.
Neuwahl in #Griechenland:#SyrizaPartei von Alexis #Tsipras rauscht in #Umfrage ab N24.de http://t.co/QFPn6brKjr via N24</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Greferendum?src=hash">#Greferendum</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/OXI?src=hash">#OXI</a></p>— Jürgen (
Allsehendes_Aug) 3 setembro 2015
Meses e meses de negociações – entre a remodelação da equipa grega de negociadores, a reformulação das propostas gregas, um primeiro voto de confiança do parlamento grego ao plano de austeridade firmado entre o governo e Bruxelas, o encerramento dos bancospara evitar a fuga de capitais, o incumprimento no pagamento aos credores – e Alexis Tsipras vê-se num beco sem saída. É nesse momento que decide pôr nas mãos dos gregos a decisão sobre o futuro do país. Em referendo os gregos deverão decidir se o país aceita ou não as exigências dos credores internacionais, sinónimo de mais austeridade.
Cuando el pueblo vota una cosa y el gobierno legisla en su contra
Por #Anguita
#Grecia#OXI
http://t.co/MPkh4Aub9ypic.twitter.com/BLLc8fIpHk
— Esperanza #NoTTIP (@pechosboys) 25 agosto 2015
O começo do fim
O ‘não’ venceu e começaram a ‘rolar cabeças’, por motivos distintos. Antonis Samaras não aguentou mais uma derrota e abandona a liderança dos conservadores. Evangelos Meimarakis é o senhor que se segue à frente do partido Nova Democracia.
Mas ‘as coisas’ também não correm de feição para Alexis Tsipras a corrente é forte demais e o chefe do executivo grego não tem como remar contra ela. Varoufakis acaba por demitir-se a seis de julho, o país precisa, urgentemente, de dinheiro e é contra todas as expectativas que, dias depois, é negociado um novo programa de resgate à Grécia, o terceiro, 86 mil milhões de euros, acompanhado por novas medidas de austeridade.
Uma decisão acompanhada pela cisão no seio do Syriza. Uma parte dos deputados não concorda com o acordo firmado e abandona o partido. Nasce uma nova formação e, novamente sem maioria, no final de agosto Alexis Tsipras apresenta a sua demissão aos gregos. No seu discurso à Nação Tsipras afirmou:
“Usámos a nossa resistência até onde ela era possível. Estou de consciência limpa sobre a forma como conduzimos todo este processo. Cumprimos o voto do povo. Enfrentámos pressões muito fortes, diria terroristas, mas levámos o caso da Grécia ao plano mundial e o nosso país é, hoje, um exemplo para os que estão na mesma situação. (…) Sei que não conseguimos tudo o que prometemos ao povo grego, mas salvámos o país, dizendo à Europa que a austeridade deve terminar.”
Depois de várias tentativas falhadas de formação de um governo, pela oposição, o Presidente grego acabou por delegar na presidente do Supremo Tribunal grego, Vassiliki Thanou, a gestão interina do governo.
Sobre o sistema eleitoral grego
Na Grécia, como em muitos outros países, votar é não só um dever como uma obrigação. Devem exercer o seu direito de voto os cidadãos com idade entre 18 e 70 anos. Mas não há registo de qualquer sanção imposta aos eleitores que não votaram.
O Parlamento grego tem 300 assentos. 250 são distribuídos com base numa representação proporcional. São necessários, pelo menos, 3% de votos para uma formação ter assento no parlamento. Os votos em branco, nulos, ou em partidos que não obtenham os 3% obrigatórios não são considerados na atribuição de lugares.
Há 50 lugares atribuídos como um ‘bónus’ ao partido que obtiver a maioria dos votos. A lei eleitoral deixa de fora, nesta matéria, as coligações. São considerados, separadamente, os votos de cada uma das formações que fazem partedacoligação. O Syriza, é um caso à parte já que se apresentou às eleições como coligação, o que faz com que seja considerado com um partido. A Maioria parlamentar é conseguida pelo partido ou coligação de partidos que some, pelo menos, 151 (ou seja 50% mais um) dos 300 lugares existentes no parlamento.
Quais são as principais formações na corrida a estas eleições:
E a Grécia volta à ‘estaca zero’. Alexis Tsipras não desistiu e quer ver renovado o voto de confiança dos gregos e volta a concorrer, com o Syriza, às eleições.
Syriza en campagne ds les quartiers d'Athenes.“mince c est jour de foot. Pas grand monde va venir”. pic.twitter.com/NlWrWHMyZw
— adea guillot (@Adea_Guillot) 16 setembro 2015
O seu principal opositor, segundo as sondagens, é Evangelos Meimarakis, o líder da Nova Democracia que até já se propôs coligar-se com o Syriza se necessário for. Tsipras não quer.
Σήμερα στις 12:30 – Συνέντευξη του Ευ. Μεϊμαράκη στο
http://t.co/NG5UdEiyFj με το Ν. Ευαγγελάτο #ellada_mprostapic.twitter.com/appTV0LosY
— ΝΕΑ ΔΗΜΟΚΡΑΤΙΑ (@neademokratia) 16 setembro 2015
Existe uma outra formação que, ainda que não tenha hipótese de vencer surpreendeu em janeiro. Depois do quinto lugar alcançado nas legislativas de junho de 2012, o Aurora Dourada, a extrema-direita grega ou partido neonazi, conseguiu um resultado histórico e posicionou-se como terceira formação melhor votada.
Michaloliakos harangue la foule “l'immigration n'est pas un problème nouveau” #AubeDoréepic.twitter.com/G6btHXNNpD
— Elisa Perrigueur (@ElisaPerrigueur) 16 setembro 2015