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Netanyahu admite negociar paz com Palestina sem pré-condições

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Benjamin Netanyahu abriu esta quinta-feira a porta ao retomar das negociações de paz com a Palestina. No discurso proferido na Assembleia-geral das

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Benjamin Netanyahu abriu esta quinta-feira a porta ao retomar das negociações de paz com a Palestina. No discurso proferido na Assembleia-geral das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque — cerca de 24 horas após a bandeira da Autoridade Palestiniana ter sido ali hasteada pela primeira vez e o presidente da Autoridade Palestiniana também ter discursado — o primeiro-ministro israelita garantiu ser a favor da paz entre os dois povos vizinhos e à afirmação com reconhecimento mútuo dos dois Estados, o hebraico e o palestiniano.

Depois de Mahmoud Abbas ter acusado Israel de não estar a respeitar os acordos entre as partes, nomeadmente a alegada contínua rejeição de pôr fim aos colonatos no território reclamado pela Palestina, Netanyahu respondeu com a garantia de que Israel está a cumprir a sua parte, mas cingiu-se ao reconhecimento do Monte do Templo como local sagrado islâmico e apenas de visita para os judeus.

O chefe de Governo israelita espera que Abbas recue na intenção manifestada de não se sentar à mesa com os responsáveis israelitas. “Estou preparado para retomar de imediato as negociações de paz de forma direta com a Autoridade Palestiniana e sem pré-condições de qualquer espécie. Infelizmente, o senhor Abbas disse aqui ontem (quarta-feira) que não está preparado para também fazer isto. Bem, eu espero que ele mude de ideias”, afirmou.

O discurso de Netanyahu começou por incidir no acordo nuclear celebrado este ano pelo grupo P5+1 com o Irão. O primeiro-ministro israelita reiterou a sua oposição a tal acordo e defende que este representa apenas um estratagema iraniano para conseguir que lhe levantem as sanções para conseguir mais dinheiro e poder continuar a desenvolver de forma secreta o seu arsenal militar, nomeadamente o desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais, que poderão alcançar alvos na Europa ou até na América, avisou.

“Setenta anos após a morte de seis milhões de judeus, os dirigentes iranianos prometem destruir o meu país, matar o meu povo. A resposta desta assembleia, de quase todos os governos aqui representados, foi inexistente. Silêncio total. Silêncio ensurdecedor”, assinalou o líder israelita antes de interromper o discurso durante 45 segundos, um tempo demasiado longo e que marcou o ambiente da Assembleia geral.

Opositor do acordo nuclear com o governo de Teerão, Netanyahu disse que “não é fácil a oposição a algo que está a ser apoiado pelas grandes potências do mundo”, mas garantiu que Israel se vai manter vigilante e continuar a tudo fazer para impedir o Irão de se “esgueirar” para o “clube das armas nucleares”. “Já não estamos apenas a defendermo-nos a nós, estamos a defender-vos também a vocês”, afirmou o chefe de Governo israelita, dirigindo-se uma vez mais a toda a plateia da assembleia das Nações Unidas.

Netanyahu acusou ainda a ONU de ser “obsessivamente hostil” face a Israel, a “única democracia do Médio Oriente”. O primeiro-ministro garantiu qie Israel “defendeu-se, defende-se e vai continuar a defender-se de todas as agressões” de que for alvo. “Israel fará o que for necessário para defender o nosso Estado e o nosso povo. Se o Irão planeia destruir Israel, fracassará”, advertiu.

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