A marcha pela paz acabou por ser o palco do ataque terrorista mais sangrento da história da Turquia moderna. O duplo atentado em Ancara ainda não foi reivindicado
Era uma manifestação em prol da paz, a três semanas das legislativas antecipadas. Acabou por ser o palco do atentado mais mortífero da história da República da Turquia.
O balanço mais recente do duplo ataque, junto à estação ferroviária de Ancara, ronda a centena de mortos, mas dezenas de feridos continuam internados nos cuidados intensivos.
Pouco passava das 10 da manhã na capital turca quando duas explosões quase simultâneas mancharam de sangue a concentração para a marcha pela paz, convocada pela oposição pró-curda, sindicatos e movimentos de esquerda, para denunciar o recrudescimento da violência. Estariam no local cerca de 14.000 pessoas, segundo as agências de notícias.
O primeiro-ministro turco apelou à “união contra o terrorismo” e, sobre a investigação, Ahmet Davutoglu disse que, “potencialmente, os grupos que podem realizar um ataque semelhante são óbvios: o Estado Islâmico, o PKK” curdo e organizações da extrema-esquerda.
A ação terrorista ainda não foi reivindicada. Nas horas que se seguiram ao ataque, chegaram a Ancara mensagens de condolências, solidariedade e repúdio pelo terrorismo, vindas um pouco de todo o mundo.
A Turquia decretou três dias de luto nacional.
Turkish PM calls urgent meeting following terror attack which killed at least 30, wounded 126 http://t.co/SVDEB5IXNepic.twitter.com/WGmX07FjrO
— TRT World (@trtworld) October 10, 2015