Na Turquia, centenas de pessoas participaram esta segunda-feira nos funerais de vítimas dos atentados de sábado em Ancara. Em algumas cerimónias
Na Turquia, centenas de pessoas participaram esta segunda-feira nos funerais de vítimas dos atentados de sábado em Ancara. Em algumas cerimónias voltaram a ouvir-se palavras de ordem contra o governo e o presidente Recep Tayyip Erdogan, tal como já tinha ocorrido no domingo em Istambul.
Numa entrevista televisiva, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, revelou que as autoridades estão perto de identificar um dos autores das explosões. O grupo auto designado Estado Islâmico é o principal suspeito.
Entretanto, junto ao hospital de Ancara, dezenas de pessoas esperam por notícias de familiares e amigos. Uma delas conta que tem oito amigos feridos. Dois, com ferimentos graves, estão em estado crítico nos cuidados intensivos. Recorda que na altura “estava a dez metros de distância de um amigo, que a situação foi horrenda e não tem palavras para a descrever”.
O duplo atentado ocorreu, no sábado, durante uma manifestação a favor da paz. Segundo o balanço oficial, contam-se 97 mortos e mais de quinhentos feridos. A oposição fala de quase 130 mortos. É o pior ataque na história da Turquia moderna.
Os média turcos, com base em fontes anónimas dos serviços de segurança, revelam que há semelhanças com o atentado suicida de julho em Suruc, junto à fronteira com a Síria. Este foi atribuído ao grupo Estado Islâmico.