A mobilização de mais de 300 militares em Jerusalém para ajudar a polícia está a produzir os primeiros efeitos. Os controlos multiplicam-se, a
A mobilização de mais de 300 militares em Jerusalém para ajudar a polícia está a produzir os primeiros efeitos. Os controlos multiplicam-se, a desconfiança cresce e muitos israelitas começam a querer fazer justiça pelas próprias mãos. Há já registo de um incidente em que um israelita foi tomado por um palestiniano e foi ferido.
Para alguns elementos da população árabe de Jerusalém-Leste, esta não é a solução:
“Nada disto vai ajudar a resolver o problema. Podem trazer mais soldados, multiplicar e os check-points e impor o recolher obrigatório. A única coisa solução é acabar com a ocupação de Jerusalém-Leste e dar alguma coisa à Autoridade Palestiniana” – explica Tawfiq Al Halawali.
A paranoia instala-se entre os israelitas de Jerusalém que deixam de sair à noite e têm medo de toda a gente, como testemunha Naama:
“É assustador caminhar na rua depois das 10 da noite. Nos dias de trabalho saio do serviço às 10 e as ruas estão vazias. É bastante assustador andar na rua e não ver ninguém. Ninguém sabe quando é que um terrorista pode surgir de qualquer lado e esfaquear alguém ou outra coisa qualquer. É uma situação difícil mas vamos conseguir ultrapassá-la.”
A tensão que se vive em Jerusalém parece não preocupar muito os turistas. Alguns não se sentem ameaçados e a presença de militares e polícias nas ruas confere-lhes um sentimento de segurança.
“Não me parece que a ameaça seja contra os turistas, trata-se de um problema israelo-palestiniano. Há uma presença policial enorme e isso deixa-me bastante descansada” – confessa a americana Catelyn Sugar.