Renzi promete corte nos impostos

O governo italiano promete menos impostos para estimular a economia do país.
O primeiro ministro italiano Matteo Renzi anuncia esta quinta-feira o projeto de orçamento para 2016, com duas novas medidas, destinadas a estimular a lenta recuperação económica da Itália: cortes nos impostos e o aumento para 3 mil euros do limite para pagamentos em dinheiro nos estabelecimentos comerciais.
Renzi altera assim a estratégia de Mario Monti, que em 2011 aumentou os impostos e baixou para mil euros o limite de pagamentos em dinheiro.
As medidas de Monti faziam parte de uma ofensiva contra a evasão fiscal , no auge da crise da dívida soberana da zona do euro, quando as finanças públicas da Itália estavam sob escrutínio.
O orçamento italiano prevê a supressão de alguns impostos sobre o imobiliário e a redução de outros para as empresas.
Resta saber se a Comissão Europeia deixará passar sem retoques o orçamento italiano para 2016, depois de ter considerado demasiado otimista o orçamento espanhol, que Madrid teve que modificar.
Uma parte significativa dos cortes previstos nos impostos será financiada por empréstimos, o que fará diminuir o ritmo de redução dos défices e da dívida pública negociado entre Roma e a Comissão Europeia.
Renzi fez das promessas de redução de impostos a sua bandeira desde que no ano passado assumiu funções. No mês passado, o executivo italiano subiu a meta do défice para 2016 de 1,8% para 2,2% do PIB, com uma ligeira revisão em alta da dívida pública, a maior da zona euro, depois da Grécia (130,9% a 131,4% do PIB).