Reações na Alemanha contra o atentado racista que deixou gravemente ferida a candidata dos democrata-cristãos alemães (CDU) à presidência da câmara
Reações na Alemanha contra o atentado racista que deixou gravemente ferida a candidata dos democrata-cristãos alemães (CDU) à presidência da câmara municipal de Colónia.
Henriette Reker foi apunhalada no sábado por um cidadão alemão que se opõe ao acolhimento de refugiados. A reação de indignação une os políticos.
“Estamos aqui juntos como democratas para demostrar o nosso protesto contra este ato abomináve, para dizer que, independentemente das nossas posições políticas, estamos unidos na defesa da democracia”, disse a governadora da Renânia do Norte-Vestfália, Hannelore Kraft.
Henriette Reker dirigia o departamento de assuntos sociais e integração da cidade de Colónia, responsável pelo acolhimento de refugiados. Hospitalizada, o seu estado é considerado estável. O seu agressor golpeou outras quatro pessoas. Uma outra mulher, que integrava a equipa de campanha democrata-cristã, foi também ferida com gravidade.
A chanceler alemã, Angela Merkel, manifestou condenou veementemente o atentado.
Os atos de ódio racista mobilizam os cidadãos alemães para ações de protesto, como aqui em Berlim, onde centenas de pessoas saíram à rua para acender velas em sinal de solidariedade com os refugiados e apelar ao governo para sejam procuradas soluções para as razões da crise nos países de origem destes refugiados.
A Alemanha calcula gastar 15 mil milhões de euros com refugiados entre 2015 e 2016. O país vai receber até ao fim do ano um milhão e meio de refugiados, quase o dobro dos 800 mil previstos. Na realidade, o número total será muito maior, pois todos aqueles a quem for concedido direito de asilo poderão chamar para a Alemanha entre quatro e oito familiares.