Relatório alerta para rotulagem incorreta e enganadora de carne em vários países europeus

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Muitos consumidores europeus podem estar a comprar carne e produtos à base de carne que não estão devidamente rotulados e que, na prática, contêm

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Muitos consumidores europeus podem estar a comprar carne e produtos à base de carne que não estão devidamente rotulados e que, na prática, contêm ingredientes diferentes dos descritos.

No relatório “Close-up on the meat we eat – Consumers want honest labels”, a Organização Europeia dos Consumidores (BEUC) alerta, de forma preocupante, para as práticas de rotulagem incompleta e para o uso ilegal de aditivos, entre outras coisas, que passam frequentemente despercebidos aos olhos do público menos atento.

“Na Bélgica, por exemplo, existe uma especialidade que se chama filete americano. As pessoas pensam estar a comer carne de vaca crua mas na verdade estão a comer carne de porco crua. É algo completamente inaceitável do ponto de vista do consumidor”, sublinha Monique Goyens, diretora-geral da Organização Europeia dos Consumidores (BEUC).

Com a crise financeira e os cortes ao nível das inspeções, o alerta da Organização Europeia dos Consumidores poderá, no entanto, cair em saco roto junto dos Estados-membros.

A cautela é, por isso, palavra de ordem, como refere Camille Perrin, da BEUC: “Como consumidores temos de verificar os rótulos. Há muitos truques que os produtores de alimentos podem usar para fazer-nos acreditar que estamos a comprar uma coisa quando, na verdade, estamos a comprar algo completamente diferente. O nosso papel na Organização Europeia dos Consumidores é apresentar os resultados dos nossos membros à Comissão Europeia. Atuamos como um megafone, para trazer todos os resultados de testes ao nível da União Europeia e para assegurar que os problemas identificados são geridos e resolvidos.”

A BEUC realizou testes em sete Estados-membros com o apoio de várias organizações do grupo. Em Portugal, a colaboração da Deco revelou que em 23 das 26 amostras de carne de vaca picada recolhidas em talhos da Grande Lisboa, Grande Porto e Setúbal, se constatou o uso de sulfitos, aditivos proibidos que mantêm o tom vivo da carne e que podem causar alergias.

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