O mês de outubro foi o mais quente desde que o homem começou a registar temperaturas de forma continuada em 1880. A informação foi divulgada pela
O mês de outubro foi o mais quente desde que o homem começou a registar temperaturas de forma continuada em 1880.
A informação foi divulgada pela Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), indicando que os dez primeiros meses foram os mais quentes na superfície terrestre e marítima.
Os peritos não têm dúvidas quando às alterações climáticas. “Temos muitas evidências de que o clima está a mudar. As temperaturas sobem, há degelo, os oceanos aquecem, o nível do mar sobe e estas observações não são um equívoco. E o futuro depende daquilo que os homens vão decidir fazer nos próximos anos e penso que a cimeira do clima de Paris, a COP21, vai ser um evento absolutamente crucial”, refere Anny Cazenave, cientista da Legos-Cnes (Laboratório de Estudos em Geofisica e Oceonagrafia espaciais).
A Greenpeace receia o ceticismo de certas nações como a China e a Rússia e alerta para o aumento de emissões de gases que provocam o efeito estufa.
No caso, russo, o alerta está ligado às grandes empresas de energia. “O principal problema está ligado à inércia e aos lobbies que vemos na tradicional industria energética. Naturalmente, eles não partilham os fluxos financeiros, pretendem manter o ‘status quo’. E claro, nem as energias renováveis nem a tecnologia de poupança de energia têm qualquer chance a curto prazo”, afirma Vladimir Chuprov, da Greenpeace Rússia.
A cimeira do clima das Nações Unidas, COP21, vai decorrer entre 30 de novembro e 11 de dezembro em Paris e vai reunir líderes políticos de todo o mundo.