As medidas anunciadas por Mario Draghi desiludiram os mercados. Os governadores do Banco Central Europeu reuniram-se esta quinta-feira em Frankfurt e
As medidas anunciadas por Mario Draghi desiludiram os mercados. Os governadores do Banco Central Europeu reuniram-se esta quinta-feira em Frankfurt e decidiram cortar a taxa de depósitos para -0,3 por cento. A redução de 10 pontos-base foi considerada insuficiente. O BCE também anunciou o prolongamento do programa de compra de ativos, pelo menos, até março de 2017, e a inclusão no programa de títulos de dívida de governos regionais e locais.
Para o presidente da instituição, Mario Draghi, “estas decisões reforçam o ímpeto da recuperação económica da zona euro. O conselho de governadores vai monitorizar atentamente a evolução das perspetivas da estabilidade dos preços e se se justificar vai recorrer a todos os instrumentos disponíveis no seu mandato de forma a manter o grau apropriado de adaptação monetária”.
O BCE tem como missão manter a inflação perto dos 2% mas em setembro o valor homólogo foi de -0,1%. Os mercados reagiram mal aos anúncios. As praças de Frankfurt e Paris terminaram o dia a perder mais de 3% e Lisboa desvalorizou quase 2%. O euro e os juros da dívida europeia tomaram o caminho inverso.