Alemanha recebeu um milhão de refugiados este ano

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De  Euronews
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O fluxo e as críticas de vários setores levaram o governo de Angela Merkel a refrear o acolhimento de refugiados e migrantes.

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Chegam todos os dias à Alemanha, a um ritmo que não parece querer abrandar. A Alemanha, principal país de acolhimento na Europa, surpreendeu os parceiros ao abrir as portas aos refugiados este verão, respondendo ao apelo da chanceler Angela Merkel, que diz que o continente tem uma obrigação moral para com aqueles que fogem da guerra.

Milhares de milhões de euros foram desbloqueados, centros de acolhimento foram abertos, programas de inserção e de integração foram postos em marcha. O esforço da Alemanha foi tal que Merkel foi apelidada de “Madre Teresa” por alguns migrantes: “Estamos a passar por algo que vai ocupar as atenções do país e mudá-lo nos próximos anos. Queremos que essa mudança seja positiva e acreditamos que vamos conseguir”, dizia a chanceler em setembro.

Os números acabaram por refrear a generosidade. De janeiro até ao dia 9 de dezembro, entraram na Alemanha um milhão de migrantes. Mais de 200 mil só no mês de novembro, um novo recorde.

Berlim tenta agora reduzir o fluxo. Alguns dos parceiros de Merkel têm dificuldade em aceitar esta abertura, sobretudo a CSU, parceira da CDU na Baviera. O ministro do Interior Thomas de Maizière confirmou que o procedimento vai ser endurecido e a proteção vai ser limitada no tempo. O governo quer também acabar com o agrupamento familiar.

As manifestações contra a imigração, de grupos como o PEGIDA, aumentaram de tom. É a reação que muitos já esperavam a uma onda de migração que a Alemanha não via há muitos anos.

O governo foi obrigado a reagir. Uma das medidas adotadas foi facilitar a expulsão dos migrantes económicos. Os parceiros da coligação de governo chegaram a acordo para que só os refugiados, vindos de países em guerra, possam ter direito de asilo e os outros, os migrantes económicos vindos de países considerados seguros, possam ser reconduzidos à fronteira.

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