As forças de segurança da Turquia mataram 69 militantes curdos em três dias de operações em duas principais cidades perto da fronteira com o Iraque
As forças de segurança da Turquia mataram 69 militantes curdos em três dias de operações em duas principais cidades perto da fronteira com o Iraque.
O governo impôs recolher obrigatório de 24 horas nas cidades de Cizre e Silopi, permitindo que as tropas e a polícia – apoiadas por tanques e veículos altamente armados ataquem militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK,) que lutam pela autonomia nessas cidades e em cidades vizinhas.
Na quinta-feira, Ancara anunciou o início de uma campanha decisiva contra militantes do PKK.
O órgão europeu de direitos humanos, o Conselho da Europa, expressou preocupação face à intensificação da violência mas autoridades turcas dizem que se trata de proteger os civis:
“Os nossos cidadãos podem sentir-se seguros. A Turquia não vai dar um passo atrás nas leis, justiça e democracia. O terror é inimigo da vida e é dever do governo proteger a vida das pessoas. É nosso dever principal proteger o direito que as pessoas têm”.
Ao fim de dois anos de cessar-fogo, combates recomeçaram em 2014 entre as forças turcas e as do PKK, acabando com as negociações de paz iniciadas no final de 2012 para terminar com um conflito que já provocou mais de 40 mil mortos desde 1984.
Em relação às tradicionais emboscadas em zonas rurais e montanhosas, os rebeldes curdos estão a privilegiar os combates em zonas urbanas, na esperança de suscitar levantamentos, uma estratégia que Ancara tem conseguido rebater.