Cerca de mil migrantes foram resgatados por um navio norueguês na costa líbia e levados até ao porto de Palermo.
Cerca de mil migrantes, que viajavam em embarcações encontradas ao largo da costa da Líbia, foram esta segunda-feira resgatados por um navio norueguês, que as levou até Palermo, capital da ilha e região italiana da Sicília.
Os migrantes, que seriam 931 no total foram recebidos pelas autoridades locais e pelas equipas de assistência médica, que os transportaram até aos centros de acolhimento da cidade.
Entre os passageiros encontravam-se 64 mulheres e 35 crianças. Duas das mulheres estão grávidas.
Os meios de comunicação social italianos dizem que mais de 100 migrantes seriam de origem marroquina, mas o grupo poderia também incluir cidadãos tunisinos e egípcios. No entanto, a maioria dos migrantes encontrados pelo navio norueguês seria de origem subsahariana.
Recentemente, o Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi (Partido Democrático, centro-esquerda) falou contra o que considera como “uma retória anti-migrantes”, pedindo a todos no país ajuda para engrentar o probema.
“Não creio que os migrantes que chegaram possam ser considerados como uma invasão num país de 60 milhões de habitantes.”
As declarações de Renzi da passada quinta-feira tiveram lugar depois de um encontro com o seu homólogo libanês, Tammam Salam.
“Não devemos fingir que não está a acontecer nada”, disse Renzi, que insistiu, por outro lado, “numa ação conjunta para enfrentar os problemas dos refugiados”.
La missione in Libano di oggi https://t.co/B5AAkrnbjNpic.twitter.com/PoZzijBea9
— Matteo Renzi (@matteorenzi) 22 Dicembre 2015
O número de migrantes e refugiados que chegou a território da União Europeia ultrapassou 1 milhão este ano, enquanto quase 4 mil morreram ou foram dados como desaparecidos durante os trajetos, normalmente entre o Médio Oriente ou África e a Europa.
Os dados são da Organização Internacional para as Migrações e foram anunciados no passado dia 22 de dezembro.
Over 1M irregular #migrants & refugees arrived in Europe in 2015, highest since World War II https://t.co/46cVlFuwnqpic.twitter.com/btPCzUjCVq
— IOM (@IOM_news) 22 Dicembre 2015