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Egito nega envolvimento da polícia na morte do estudante italiano

Egito nega envolvimento da polícia na morte do estudante italiano
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De Nelson Pereira
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O ministro do Interior egípcio rejeitou esta segunda-feira veementemente as acusações de envolvimento da polícia na morte do estudante italiano

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O ministro do Interior egípcio rejeitou esta segunda-feira veementemente as acusações de envolvimento da polícia na morte do estudante italiano Giulio Regeni, cujo corpo foi encontrado a 3 de fevereiro nos subúrbios do Cairo, com sinais de tortura.

Magdy Abdel Ghaffar negou que o jovem de 28 anos tenha sido detido pela polícia, classificando de rumores as acusações que têm sido feitas aos organismos de segurança do Estado.

Doutorando de Cambridge, Regeni estava a escrever uma tese sobre os movimentos operários e os sindicatos egípcios. Opositores do governo e ativistas egípcios defensores dos direitos humanos afirmam que terá sido detido pela polícia ou pelos serviços secretos e submetido a tortura, uma tese defendida igualmente pela imprensa italiana.

As organizações internacionais de defesa dos direitos humanos tem condenado vários casos de desaparecimento de opositores no Egito, por vezes torturados e espancados até à morte, denunciando a responsabilidade dos serviços de segurança. O próprio Presidente pediu recentemente contenção aos agentes da polícia, no seguimento de vários casos de mortes violentas em esquadras.

Giulio Regeni desapareceu no Cairo no dia 25 de janeiro, dia do aniversário da revolta popular de 2011 que expulsou do poder Hosni Mubarak. Nesse dia as autoridades tinham proibido qualquer concentração e nas ruas da capital havia numerosas patrulhas da polícia e do exército. O corpo de Regeni foi encontrado numa vala. Segundo o relatório da autópsia, apresentava marcas de tortura, queimaduras de cigarro, vários ferimentos causados por arma branca e as unhas dos pés e das mãos arrancadas.

A Itália exigiu que o Egito identifique os verdadeiros responsáveis pelo assassínio do estudante e que estes sejam julgados.

Numa entrevista publicada no jornal La Repubblica, o ministro do Exterior, Paolo Gentiloni, sublinhou que o governo italiano não vai aceitar “supostas verdades”, exigindo que “os verdadeiros responsáveis sejam encontrados e punidos”.

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