Disse que iria acabar por morrer assassinada por defender os direitos das mulheres na República Democrática do Congo mas foram problemas relacionadas
Disse que iria acabar por morrer assassinada por defender os direitos das mulheres na República Democrática do Congo mas foram problemas relacionadas com a malária que acabaram por matá-la.
Rebecca Masika Katsuva, mais conhecida apenas por “Masika”, morreu a 2 de fevereiro, aos 49 anos.
Durante anos, centenas de mulheres violadas e rejeitadas pela família procuravam refúgio na associação APDUD, sigla em francês de Association des Personnes Desherites Unies pour le Development (Associação de Pessoas Deserdadas Unidas para o Desenvolvimento, em tradução livre), em Minova, na província de Kivu.
Era aqui que Masika acolhia as mulheres violadas por grupos armados do Congo e muitas crianças frutos dessas agressões.
Também Masika foi, em 1998, vítima de violação, depois de ver o marido ser brutalmente assassinado. Viu ainda as duas filhas e a irmã mais nova serem abusadas. Apesar do horror e do desespero, esta mulher não deixou de lutar e criou a associação.
Durante anos lutou pelo direito das mulheres e pelos Direitos Humanos, contra grupos armados e contra o sistema do país que permite que depois de dois dias presos, os agressores “estejam livres, a passear” e é “o ativista que é ameaçado”, como referiu numa reportagem transmitida pela euronews em 2012.
Masika morreu mas o seu legado perdura. Como costumava dizer: “mesmo nas piores circunstâncias a esperança nunca morre”.
Remembering Rebecca #Masika: “even in the most difficult situations, hope never dies” https://t.co/qC1kYtlrvH#DRCpic.twitter.com/5FZ89uV1jv
— Front Line Defenders (@FrontLineHRD) February 8, 2016
Remembering Rebecca #Masika: “even in the most difficult situations, hope never dies” https://t.co/qC1kYtlrvH#DRCpic.twitter.com/5FZ89uV1jv
— Front Line Defenders (@FrontLineHRD) February 8, 2016
Pode assistir a alguns vídeos sobre Masika e a sua história em:
Em francês
Em Inglês