Turquia desafia NATO, milícias curdas e cessar-fogo na Síria

A Turquia demarca-se dos restantes aliados da NATO ao rejeitar suspender os ataques contra as milícias curdas na fronteira da Síria.
Ao quarto dia de bombardeamentos turcos sobre a região de Azaz, na província de Aleppo, o presidente Erdogan desafiou a NATO a escolher entre as milícias YPG e Ancara.
Uma posição que ameaça a trégua de sexta-feira, apoiada pelos Estados Unidos, mas também pela Rússia.
“As regras da nossa operação limitam-se até agora à resposta a um ataque armado contra o nosso país, mas poderemos expandir a nossa ação no futuro, se necessário, para evitar qualquer ameaça contra o nosso território. Que ninguém duvide disto, nós não vamos permitir a formação de um novo bastião do PKK na fronteira sul do nosso país”.
A tensão aumenta desde o fim de semana, quando as milícias curdas tomaram o controlo de várias áreas em redor de Azaz.
Ancara acusa a Rússia de apoiar os combatentes, considerados como uma organização terrorista ligada aos separatistas do PKK.
Longe do apelo de Washington a um cessar-fogo, a Turquia tinha renovado ontem a proposta de uma intervenção terrestre na Síria, como a única forma de pôr fim ao conflito.