“Fuocoammare”, ou “Mar em Chamas” na tradução para Português, do realizador italiano Gianfranco Rosi foi galardoado com o Prémio Urso de Ouro para o
"Há dois anos quando venci o Leão de Ouro em Veneza não pensei que voltasse a passar por isto outra vez" - Gianfranco Rosi, realizador de "Fuocoammare"
“Fuocoammare”, ou “Mar em Chamas” na tradução para Português, do realizador italiano Gianfranco Rosi foi galardoado com o Prémio Urso de Ouro para o Melhor Filme. A obra aborda a questão dos refugiados na ilha italiana de Lampedusa.
“É uma maravilha! Nunca esperei este momento. Há dois anos quando venci o Leão de Ouro em Veneza não pensei que voltasse a passar por isto outra vez”, disse o realizador ao receber o galardão.
O prémio de melhor realizador vai para a francesa Mia Hansen-Løve pelo filme “L’Avenir”, ou “O que está para vir”.
O Prémio especial do júri foi atribuído a Danis Tanovic pelo filme “Smrt u Sarajevu” ou “Morte em Sarajevo”, um filme que aborda a temática difícil do conflito nos Balcãs, em particular a Bósnia.
O cinema português também esteve em destaque. O prémio de melhor curta-metragem foi para Leonor Teles e “Balada de um Batráquio”.
Wolgang Spindler, euronews:
“A crise dos refugiados serviu de mote ao festival deste ano. A decisão do júri de atribuir o prémio de melhor filme a um documentário sublinha a decisão do festival de dar destaque a obras que demonstram empenho político”.
A 66ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim contou com a atriz norte-americana Meryl Streep que presidiu ao júri.
- Urso de Ouro para melhor filme: “Fuocoammare”, de Gianfranco Rosi (coprodução Itália, França).
- Urso de Prata – Grande Prémio do Júri: “Smurt u Sarajevu” (“Morte em Sarajevo”), de Danis Tanovic (França, Bósnia-Herzegovina).
- Urso de Prata – Prémio Alfred Bauer da inovação: “Hele Sa Hiwagang Hapis”, (“A Lullaby to the Sorrowful Mystery”), de Lav Diaz (Filipinas)
- Urso de Prata de melhor realizador: Mia Hansen-Løve, por “L’avenir”, (França, Alemanha).
- Urso de Prata de melhor atriz: Trine Dyrholm, por “Kollektivet” (“A comuna”), (Dinamarca, Suecia, Holanda).
- Urso de Prata de melhor ator: Majd Mastoura, por “Hedi” (Tunísia, Bélgica, França).
- Urso de Ouro de melhor curta-metragem: “Balada de um Batráquio”, de Leonor Teles (Portugal).